Os extremistas talibãs exibiram uma enorme quantidade de equipamento militar dos EUA, numa extensa e aparatosa parada que se realizou na quarta-feira, lembrando ao mundo o fracasso catastrófico que foi a retirada norte-americana do Afeganistão, em 2021.

O desfile com Humvees, veículos blindados, helicópteros e uma série de outros onerosos – e perigosos – equipamentos foi realizado perto da antiga base aérea americana de Bagram, nas imediações de Kabul.

 

 

O regime Biden deixou biliões de dólares em equipamento militar de topo no Afeganistão, incluído mais de 150 aviões e helicópteros, dezenas de milhar de veículos militares, 176 peças de artilharia, mais de 300.000 armas de assalto e munições suficientes para alimentar uma guerra interminável.

 

 

Os Talibãs também dispõem agora de electrónica militar avançada, incluindo óculos de visão nocturna e equipamentos de vigilância.

Um relatório de 2022 do Inspector-Geral do Departamento de Defesa refere:

“O equipamento financiado pelos EUA, avaliado em 7,12 biliões de dólares foi deixado nas mãos dos extremistas islâmicos.”

Em Maio, um relatório enviado ao Congresso pelo Inspector Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR) observou que os Estados Unidos também forneceram ao Afeganistão 17,19 biliões de dólares desde Agosto de 2021, que foram parar direitinhos às mãos dos mesmos talibãs que as forças norte-americanas estiveram a combater durante vinte anos. O relatório também alertou que a Al Qaeda se restabeleceu no país.

Acusando o regime Biden de bloquear seus esforços para descobrir o destino do dinheiro entregue ao Afeganistão, John Sopko, chefe do SIGAR, disse ao Comité de Relações Exteriores da Câmara:

“Não posso garantir a este comité ou ao contribuinte americano que não estamos a financiar os Talibãs”.

A frase está construída ao contrário, porque o contribuinte americano está factualmente a financiar quem está no poder no Afeganistão, que são os talibãs.

 

 

Como o Contra noticiou em Agosto do ano passado, um outro relatório oficial revelou que a administração Biden doou 2,35 biliões de dólares ao Afeganistão entre 2021 e 2023.