Um relatório do Comité Judiciário da Câmara dos Representantes confirmou que, entre os anos fiscais de 2021 a 2023, o Departamento de Segurança Interna (DHS) capturou e libertou no território dos EUA cerca de 100 imigrantes que constavam da lista de vigilância de terroristas do governo federal.

O relatório observa:

“Sob a administração Biden-Harris, entre os mais de 250 estrangeiros ilegais na lista de observação de terroristas que foram encontrados pela Patrulha de Fronteira na fronteira sudoeste entre os anos fiscais de 2021 e 2023, o DHS libertou nas comunidades americanas pelo menos 99, com pelo menos 34 outros sob custódia do DHS, mas ainda não removidos dos Estados Unidos.”

O Comité também destaca que

“a Patrulha da fronteira sudoeste encontrou estrangeiros na lista de observação de terroristas de 36 países diferentes, incluindo lugares com presença terrorista activa, como o Afeganistão,o Iraque, o Líbano, o Quirguistão, a Mauritânia, o Paquistão, a Somália, a Síria, o Tajiquistão, a Turquia, o Uzbequistão e o Iémen.”

O relatório alerta para outros indivíduos potencialmente perigosos que estão a atravessar a fronteira em números preocupantes, no mínimo:

“Até agora, durante o ano fiscal de 2024, a Patrulha de Fronteira encontrou dezenas de milhares de estrangeiros ilegais de países que podem representar riscos à segurança nacional, incluindo 2.134 cidadãos afegãos, 33.347 cidadãos chineses, 541 cidadãos iranianos, 520 cidadãos sírios e 3.104 cidadãos uzbeques”.

O relatório descreve um caso em particular, o do cidadão afegão Mohammad Kharwin, de 48 anos, membro do grupo terrorista Hezb-e-Islami, que os agentes federais detiveram em Abril, depois de ter sido libertado duas vezes pela Patrulha de Fronteiras.

É evidente, nesta altura, que qualquer tipo de processo de controlo na fronteira sul dos EUA é coisa do passado.

Em Junho, oito suspeitos de terrorismo do Tajiquistão foram também detidos em Nova Iorque, Filadélfia e Los Angeles. Suspeita-se que também tenham ligações ao ISIS e que chegaram aos EUA pela fronteira sul.

 

 

O relatório da Câmara insiste:

“A política de fronteiras abertas do Presidente Joe Biden e da Vice-presidente Kamala Harris permitiram a entrada de milhões de estrangeiros ilegais nos Estados Unidos, incluindo organizações terroristas e outros actores mal-intencionados que procuram prejudicar os americanos. Em três anos e meio, a administração Biden-Harris libertou mais de 5,4 milhões de estrangeiros ilegais nos Estados Unidos, com um adicional de pelo menos 1,9 milhões de ‘fugitivos’ conhecidos que escaparam para o país. Entre esses 7,3 milhões de estrangeiros ilegais, 375 estão na lista de vigilância terrorista do governo dos EUA que foram apreendidos pela Patrulha de Fronteira. Isso representa um aumento de mais de 3.000% de encontros com estrangeiros na lista de observação em comparação com os quatro anos da administração Trump”.

As Forças Especiais dos EUA avisaram numa carta aberta, há dois meses, que a América enfrenta uma ameaça “grave” de um ataque terrorista dentro do país devido às acções directas do regime Biden.

Donald Trump acusou a actual administração de estar a “fornecer apoio material ao terrorismo”, ao recusar-se a reforçar a segurança nas fronteiras. Em Junho, o candidato republicano às presidenciais deste ano afirmou:

“Sob a administração de Biden, houve um aumento de 3.000% no número de pessoas na lista de observação do terrorismo a entrar no nosso país a partir da fronteira sul. Isto são números da Patrulha de Fronteira. O nosso país vai pagar um preço muito alto durante muitos e muitos anos. Isto é uma coisa terrível.”

 

 

Mas os números são ainda mais assustadores, na verdade. Como o Contra noticiou em Outubro de 2023, as estatísticas da Alfândega e Protecção de Fronteiras dos EUA mostram que os encontros com suspeitos de terrorismo na fronteira sul da federação americana aumentaram mais de 7.000% desde 2021.