Numa decisão histórica, um juiz de um Tribunal Distrital dos EUA considerou que a Google utilizou ilegalmente a sua posição dominante no mercado para suprimir a concorrência. O caso, que tem implicações significativas para a indústria tecnológica, foi iniciado pelo Departamento de Justiça dos EUA sob o comando do então presidente Donald Trump, em 2020. Posteriormente, a agência acusou a Google de abusar do seu monopólio em pesquisa e publicidade online, levando a preços inflacionados para anunciantes e opções limitadas para consumidores.
Durante o julgamento, os procuradores argumentaram que o controlo da Google sobre o mercado dos motores de busca levou a tecnológica a manter preços de publicidade elevados. Alegaram também que a posição financeira da empresa de Silicon Valley lhe permite investir extensivamente no seu motor de pesquisa, reforçando ainda mais o seu domínio. A Google rebateu estas alegações afirmando que, historicamente, os utilizadores têm mudado de motor de busca se não estiverem satisfeitos com os resultados, citando o domínio anterior da Yahoo na década de 1990.
Após meses de análise, o juiz distrital dos EUA Amit Mehta decidiu que a Google havia violado as leis relativas antitrust que vigoram nos EUA. No acórdão, Mehta descreveu a Google como “monopolista” e afirmou que a empresa actuou de forma anti-concorrencial.
A decisão abre caminho a uma nova fase jurídica em que o tribunal determinará as sanções e as alterações necessárias para atenuar o comportamento anti-concorrencial da Google. Os resultados potenciais vão desde medidas significativas, como o desmantelamento de partes do seu negócio, até acções mais moderadas, destinadas a promover a concorrência e a escolha do consumidor.
Espera-se que a Google recorra da decisão, podendo levar o caso ao Supremo Tribunal dos EUA.
Relacionados
17 Set 24
É mais que tempo de admitir que a genética não resolve por si só o mistério da vida.
A grande maioria das pessoas acredita que existem apenas duas formas alternativas de explicar as origens da vida biológica: o criacionismo ou o neodarwinismo. No seu novo livro, Philip Ball apresenta uma terceira alternativa.
16 Set 24
Cosmonautas russos encontraram bactérias na superfície exterior da Estação Espacial Internacional.
Cosmonautas russos encontraram bactérias vivas, possivelmente oriundas do espaço exterior, na superfície do segmento russo da Estação Espacial Internacional (ISS). As bactérias, que constituem uma forma de vida biológica, estão agora a ser estudadas na Terra.
13 Set 24
Estudo: Viver perto de explorações agrícolas que usem pesticidas traduz o mesmo risco de cancro que o consumo de tabaco
Um paper publicado recentemente numa revista científica revela que os indivíduos que vivem em comunidades agrícolas onde são pulverizados pesticidas enfrentam um risco de cancro comparável ao dos fumadores.
11 Set 24
A NASA não existe.
Quem tem na ideia que a missão da NASA é a de contratar os melhores engenheiros para construírem belas e gloriosas naves espaciais e treinar os melhores astronautas para as pilotarem rumo ao infinito, tem uma ideia errada. Completamente errada.
9 Set 24
Cientistas japoneses: Risco de insuficiência cardíaca é 4900% superior em receptores da vacina mRNA Covid-19.
Um paper da autoria de reputados cientistas farmacêuticos do Japão reforçou a tese, fundamentada já por montanhas de outros estudos, de que as vacinas contra a Covid-19 aumentam brutalmente o risco de insuficiência cardíaca.
5 Set 24
Alexa, a ‘assistente virtual’ da Amazon, recusa-se a dar razões para votar em Trump, mas não se importa de recomendar Kamala.
A 'assistente virtual' Alexa parece ter um preconceito ideológico bastante marcado, apresentando razões para votar em Kamala Harris, mas recusando enumerar motivos para votar em Donald Trump. Não é surpresa, considerando que se trata de um sistema da Amazon.