No momento em que Ursula von der Leyen celebrava a sua renomeação, a eurodeputada polaca Ewa Zajączkowska-Hernik, do partido Confederação, interrompeu as festividades com um discurso ousado, que lhe valeu o título de “rainha da direita europeia”.
Nos grandes salões do Parlamento Europeu, em Estrasburgo, duas figuras emergiram como protagonistas da sessão de 18 de Julho, por motivos simetricamente opostos: Ursula von der Leyen, que, lamentavelmente, voltou a ser cooptada para presidente da Comissão Europeia, e a eurodeputada do partido polaco Confederação, Ewa Zajączkowska-Hernik, que fez um discurso que sintetiza tudo o que muitos cidadãos do velho continente pensam sobre a sinistra figura que conduz os seus destinos, sem que por eles seja eleita.
A renomeação de Von der Leyen foi uma surpresa, não pelo facto de ter ganho, mas pela margem de vitória. Inacreditavelmente, a bruxa colectou mais apoios do que nos cinco anos anteriores, assegurando uma maioria de 40 votos acima do limiar exigido. No entanto, o seu discurso inaugural foi tão aborrecido como dissimulado e não merece grandes comentários. A líder alemã confirmou a sua intenção de conduzir a UE para o abismo, prometendo mais políticas que mergulharam a Europa em crises sobre crises, incluindo os extremos do Acordo Verde.
Em contraste, o discurso de Ewa Zajączkowska-Hernik, eurodeputada polaca da Confederação, foi significativamente mais curto, mas muito mais interessante. Foi mais aplaudido e despertou mais interesse do que o discurso de von der Leyen. E, estranhamente, considerando a o carácter corporativo da imprensa mainstream europeia, foi até mais mediatizado.
A eurodeputada polaca foi aclamada pela coragem e frontalidade das suas palavras, que fizeram lembrar a paixão da italiana Giorgia Meloni, antes de se tornar uma traidora à causa do seu eleitorado.
Só a forma como Zajączkowska-Hernik começou a sua alocução já é de louvar:
“Senhora Ursula, é tempo de lhe dizer o que a maioria dos europeus pensa de si – de forma corajosa e directa.”
Sim é essencial que os populistas do Parlamento europeu se dirijam directamente aos eurocratas, uma vez que se tratam de indivíduos específicos com rosto e nome.
Zajączkowska-Hernik continuou neste tom, para júbilo de muitos eurodeputados na assembleia:
“A senhora é o rosto do Acordo Verde, que está a transformar a Europa num museu económico. É o rosto de toda a loucura climática da União. É o rosto do pacto de migração. Como pode não ter vergonha de promover um pacto que leva a que milhões de mulheres e crianças se sintam ameaçadas nas ruas das suas próprias cidades? A senhora é responsável por todas as violações, todos os assaltos, todas as tragédias causadas por imigrantes ilegais, porque convida essas pessoas e, por isso, devia estar na cadeia”.
Aqui, os aplausos aumentaram de intensidade.
“A sua presença no cargo de Presidente da Comissão é mais um declínio para a União. Sabe o que pensamos do seu Pacto e do seu Acordo Verde?
Respondendo à sua própria pergunta a eurodeputada rasgou um conjunto de papéis que simbolizavam estes dois projectos insanos da UE.
Curiosamente, o discurso de Zajączkowska-Hernik não foi muito bem recebido na Polónia. Até os políticos de direita pareceram desgostosos com a alocução, enunciando tímidos comentários como este:
“Talvez a crítica seja justificada, mas não apoiamos a forma.”
Talvez?
Após o discurso da jovem e indomável eurodeputada, o vice-ministro da Agricultura do PSL, Adam Nowak, sugeriu que os membros do partido Confederação deveriam ser enviados para um hospital psiquiátrico e uma eurodeputada da Coligação Cívica, Marta Wcisło, disse o seguinte sobre Zajączkowska num noticiário televisivo:
“Uma ardilosa trapaceira que está a cavalgar a onda extrema do nacionalismo, de facto. Hoje senti-me envergonhada por esta senhora; colegas de diferentes países sentaram-se ao meu lado, senti-me realmente envergonhada. Esta senhora envergonhou o nosso país, hoje”.
Sim realmente, como é que Zajączkowska foi capaz de dizer o que centenas de milhões de europeus pensam? Como é que foi capaz de se dirigir assim a Sua Majestade Ursula, a imperatriz negra da União azul, sem uma vénia humilde e a obediência ceguinha e subserviente do costume?
A verdade é que não há palavras suficientemente duras para descrever o nível de depravação, corrupção, engano, cinismo, desprezo pelas pessoas e loucura ideológica que a podre eurocracia, personificada por Ursula von der Leyen, encarna. Os políticos europeus que servem e sustentam esta super-vilã não gostaram do discurso de Zajączkowska-Hernik, porque tal discurso e comportamento não são apropriados no microcosmos das elites globalistas e dos comissários soviéticos de Bruxelas.
Azar, porque foi precisamente esse o objectivo da incrível performance da eurodeputada polaca – era mesmo para incomodar os crápulas, era mesmo para ofender as flores de estufa. Bravo, Sra. Zajączkowska-Hernik. É exactamente esta a forma como os políticos populistas devem lidar com esta gente. É este, também, o seu mandato.
E só por nos ter dado o prazer de observar a expressão facial de von der Leyen, constrangida e contrariada, impotente e enraivecida, já valeu a pena o esforço.
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