Donald Trump, o ex-presidente e actual candidato que nas sondagens parece mais bem colocado para a corrida presidencial de 2024, nomeou o Senador J.D. Vance (R-OH) como o seu candidato a Vice-Presidente. Vance, de 39 anos, foi eleito para o Senado durante as eleições intercalares de 2022 e rapidamente se tornou um incendiário populista na câmara alta do Capitólio. Embora o senador de Ohio já tenha sido um crítico de Trump – antes da sua eleição em 2016 – Vance emergiu recentemente como um dos defensores mais ferozes do ex-presidente.
Investidor de risco e autor.
Antes de se candidatar ao Senado, Vance era mais conhecido como investidor em start-ups da indústria tecnológica e como autor, tendo publicado uma retrospectiva comovente sobre a sua educação nos Apalaches do Ohio intitulada Hillbilly Elegy: A Memoir of a Family and Culture in Crisis (Elegia Saloia: Memórias de uma Família e de uma Cultura em Crise). O livro de memórias foi posteriormente transformado num filme de 2020, realizado por Ron Howard e protagonizado por Glenn Close e Amy Adams.
Nascido em 1984 em Middletown, Ohio – situada entre Cincinnati e Dayton – Vance formou-se na Faculdade de Direito de Yale e foi director da empresa de capital de risco de Peter Thiel, a Mithril Capital. Embora Vance tenha inicialmente considerado uma candidatura ao Senado dos EUA no Ohio contra o democrata Sherrod Brown durante as eleições intercalares de 2018, o republicano do Ohio decidiu esperar até 2022. Nesse ano, Vance derrotou o ex-congressista Tim Ryan, numa corrida muito disputada para o Senado dos EUA.
Uma escolha populista.
No início deste ano, uma sondagem realizada pelo National Pulse revelou que Vance era o grande favorito para o bilhete republicano à vice-presidência, com 32% de apoio, mais do dobro obtido por Ben Carson e Vivek Ramaswamy, que obtiveram ambos 14%.
Crítico do apoio incondicional do regime Biden à Ucrânia, Vance observou que a matemática desta guerra não faz sentido, já que o país de Zelensky não tem recursos materiais e humanos para uma guerra de atrito, prolongada, com a Rússia. Ao injectar milhares de milhões de dólares em armas e equipamento no conflito da Ucrânia, as nações ocidentais – incluindo os Estados Unidos – estão apenas a prolongar a morte e o sofrimento dos ucranianos.
Refutando as alegações de Joe Biden de que o único obstáculo à vitória ucraniana é a relutância dos conservadores em autorizar o financiamento ilimitado dos contribuintes americanos para a guerra, Vance escreveu no New York Times:
“A Ucrânia precisa de mais soldados do que pode recrutar, mesmo com políticas de recrutamento draconianas. E precisa de mais material do que os Estados Unidos podem fornecer. Biden não conseguiu articular nem mesmo os factos básicos sobre o que a Ucrânia precisa e como esta ajuda irá mudar a realidade no terreno. 60 biliões de dólares é uma fração do que seria necessário para virar a maré a favor da Ucrânia”.
Desafiando a academia.
O republicano do Ohio também apelou a um controlo mais rigoroso das universidades americanas, que recebem fortunas do governo federal e cobram propinas milionárias aos alunos – referindo que a captura das instituições académicas pela extrema-esquerda resultou numa educação deficiente e no desperdício do dinheiro dos contribuintes americanos.
A pensar no futuro.
Ao escolher Vance como seu candidato a vice-presidente, Donald Trump está a lançar as bases para o futuro do Partido Republicano e do movimento populista nos Estados Unidos . A coligação Trump-Vance apela à classe trabalhadora, já que o senador do Ohio tem origens humildes e é um campeão das faixas mais desprotegidas do interior da América, colocando aquilo que de melhor tem o populismo americano contra Joe Biden e Kamala Harris, nas eleições de Novembro.
De facto, J.D. Vance é um candidato sólido, um gigante intelectual em comparação com Kamala Harris, que dificilmente será comprometido pelas elites em Washington, pelo grupo de interesse sionista e pelo complexo militar e industrial, sendo expectável que vá centrar a eleição de 2024 em questões económicas, importantes para a base de eleitores de Trump e para os independentes da classe média para baixo.
É uma óptima escolha.
Para quem não conhece o senador Vance, fica aqui uma breve entrevista concedida a Tucker Carlson em Fevereiro deste ano, em que o senador denuncia aqueles que em Washington estão a preparar uma lei de financiamento do regime de Zelensky que, para todos os efeitos, vai impedir Donald Trump, caso seja eleito, de negociar a paz com a Rússia.
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