Elon Musk, proprietário da plataforma de mídia social X, antigo Twitter, denunciou a União Europeia (UE) por lhe ter sugerido um acordo secreto e “ilegal” para censurar discretamente os utilizadores da plataforma.

Num post publicado na plataforma que dirige, Musk afirmava:

“A Comissão Europeia ofereceu ao X um acordo secreto ilegal: se censurássemos discretamente o discurso sem dizer a ninguém, não nos multariam. As outras plataformas aceitaram esse acordo. O X não aceitou.”

Musk postou esta declaração em resposta à vice-presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, que anunciou na sexta-feira que o X não está a cumprir as normas de censura da Lei de Serviços Digitais da UE, e que o bloco está a tomar medidas legais a esse respeito.

 

 

A Comissão Europeia, um organismo que não responde perante os eleitores europeus, alega que o X permite que qualquer pessoa seja um utilizador verificado, permitindo que “agentes maliciosos motivados” abusem da verificação para ‘disseminar desinformação’.

A Comissão também alega que o X não oferece transparência suficiente em relação à publicidade e não fornece acesso satisfatório aos “investigadores”. Musk acredita que as pessoas em questão não são “investigadores”, mas sim “agentes políticos” cujo objetivo é forçar o X a reforçar a equipa de censura despedida quando Elon assumiu o controlo.

A UE começou a investigar o X em Dezembro de 2023, mas já em Janeiro desse ano uma tecnocrata não eleita da União Europeia tinha ameaçado Elon Musk com “sanções” se a rede social  persistisse em oferecer aos utilizadores um serviço não censurado de rede social. Esta pode ser a primeira plataforma a entrar em conflito com a Lei de Serviços Digitais (DSA) da União Europeia.

Musk, que enfrenta multas de vários milhões de dólares da UE por violar o DSA., afirmou a este propósito:

“Estamos ansiosos por uma batalha pública em tribunal, para que os cidadãos da Europa possam saber a verdade”.