Em toda a triste história do divórcio entre o Daily Waire e Candace Owens há, para além dos óbvios vilões – Ben Shapiro, Jeremy Boreing e companhia limitada – um homem que claramente vende a alma ao diabo: chama-se Jordan B. Peterson.

É certo que o célebre professor canadiano nunca mais foi o mesmo depois dos sérios problemas de saúde, deocrrentes  da adição à Benzodiazepina, que o afectaram entre 2019 e 2020. Mas desde que assinou um contrato astronómico com o Daily Wire, Peterson passou de pacifista a entusiasta do extermínio étnico. De espírito dissidente a prostituto corporativo. De génio à solta a intelectual domesticado. De ícone libertário a logótipo institucional. De polemista cristão a sionista militante.

O Contra documentou, em parte, essa queda, nos idos de Maio de 2023, pelo que não vale a pena revisitar a totalidade do processo, embora seja pertinente actualizá-lo. Isto porque, depois da ofensiva terrorista do Hamas a 7 de Outubro do ano passado, o psicólogo mergulhou numa espécie de poço sem fundo, de onde não poderá emergir nunca.

Logo depois das primeiras notícias sobre o acto bárbaro do Hamas, Peterson publicou isto, no X:

 

 

Para além do claro apelo ao genocídio, estranha-se que Peterson nunca tenha mostrado semelhante vontade de infernizar alguém a propósito da perseguição de cristãos, que diariamente ocorre pelas cinco partidas do mundo e, muito particularmente, em Israel, sob o regime de Benjamin Netanyahu. Talvez porque para os seus senhores sionistas, a denúncia de crimes cometidos contra as populações cristãs é sintomática de antissemitismo.

Este era um claro sinal que o psicólogo canadiano estava de alma e coração enfiado na trincheira de Ben Shapiro, e quando Candace Owens, pelo simples facto de ser cristã e de afirmar publicamente que “Cristo é Rei” foi despedida do Daily Wire, aqueles que esperavam uma reacção decente e coerente por parte de Jordan Peterson, cairam no abismo da desilusão inconsolável.

Peterson, que subiu ao olimpo mediático do Século XXI através de uma revisitação do cristianismo, só para agora o trair pela prata farisaica, calou a má fé e a ignomínia dos seus patrões para defender bem defendido o seu contrato multimilionário.

E ainda teve o descaramento infame de sugerir que Candace ganhava mais do que devia.

É visceralmente revoltante.

Paul Joseph Watson prolonga o comentário que este redactor, de tão enjoado, não consegue concluir.