A destruição material e imaterial a que estamos a assistir no Ocidente é intencional. É claro que existem variáveis aleatórias em jogo, como a demência, a incompetência, a ganância ou a ignorância, mas o eixo central do que aconteceu nos últimos anos é motorizado pela determinação das elites em empobrecer as massas, controlá-las, esterilizá-las, privá-las de direitos, liberdades e e garantias, de forma a instalar uma nova ordem mundial, oligárquica, autoritária e trans-humana.
Sobre isto não devemos ter dúvidas nenhumas: o desastre é calculado; a queda da civilização ocidental está a acontecer de propósito – e os verdadeiros agentes dessa queda nem sequer são externos à nossa cultura. Muitos deles são eleitos por nós. Muitos deles são financiados com o produto dos nossos impostos. Muito deles são resultado dos nossos sistemas de ensino. Muitos deles – os piores de entre eles – prosperam às nossas custas, conspiram graças à nossa tolerância, grassam sobre a nossa indiferença.
Ainda assim, conscientes do que estão a fazer e do impacto brutal que as decisões catastróficas que assumem todos os dias vão ter sobre a qualidade de vida e o axioma existencial de milhões de pessoas, os grandes executivos do caos temem uma reacção.
É nesse contexto que têm aumentado a velocidade das transformações que guardam em agenda: as “revoluções” energéticas, as alterações demográficas, as políticas financeiras de desvalorização da moeda, as deslocalizações industriais, os “avanços” tecnológicos, a aquisição em larga escala de terra agrícola e habitação urbana, a anulação dos aparelhos éticos e morais, a confusão sobre os sexos e os papéis sociais, o monopólio da opinião e o controlo do pensamento, a politização dos sistemas judiciais e policiais, todos estes vectores da ambição totalitária têm sido lançados a um ritmo frenético, que aumenta exponencialmente na medida do receio que estes feiticeiros do inferno têm do seu próprio feitiço.
A história está cheia de revolucionários que acabaram na guilhotina, logo depois de a terem usado contra os seus inimigos. E estes revolucionários de agora podem não saber muito de história, mas percebem que se perderem o momento, se as rédeas do poder lhes escaparem, poderão pagar caro pela sua obra de cinzas.
É por isso mesmo que será tarefa árdua demovê-los.
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