O fornecimento de armas e munições ocidentais às forças do Presidente Volodymyr Zelensk na Ucrânia esgotou seriamente os stocks militares britânicos, revelou o Ministro de Estado para as Aquisições de Defesa. James Cartlidge, do Partido Conservador, afirma que a guerra deixou a Grã-Bretanha com falta de tanques, mísseis e munições.

Exagerando as contribuições britânicas (e o apoio popular a essas contribuições), considerando que apenas 14 tanques britânicos chegaram à frente ucraniana, Cartlidge afirmou do alto da sua fanfarronice:

“Tem havido um enorme apoio à forma como o Reino Unido tem ajudado a Ucrânia, fornecendo um grande número de munições, mísseis Storm Shadow, tanques e assim por diante. Penso que o público quer saber que, ao fazer isso, estamos a reabastecer os nossos próprios stocks e munições”.

Sim, sim, os contribuintes britânicos vão ficar mesmo muito satisfeitos por saberem que, segundo o ministro, o governo terá de gastar “mais 10 mil milhões de libras (cerca de 13 mil milhões de euros) em munições”.

Como o Contracultura noticiou em Fevereiro deste ano, as forças armadas britânicas esgotariam as suas capacidades ao fim de apenas dois meses de guerra, caso se envolvessem num conflito com qualquer potência militar do panorama global. Foi também tornado público que que o exército britânico ficaria sem munições em apenas dez dias de guerra em grande escala, o que ilustra o estado deplorável das forças armadas de muitos membros europeus da NATO.

Os Estados Unidos, que são o suporte fundamental da NATO, também têm falta de munições e Biden foi forçado a considerar o envio de armas para a Ucrânia sem reabastecer os stocks dos EUA e começou até a enviar bombas de fragmentação para a frente ucraniana, proibidas por muitos dos estados membros da NATO, devido à sua tendência para matar e mutilar civis, devido à escassez de munições convencionais.

Estima-se que a Rússia está a ultrapassar o Ocidente na produção de cartuchos de artilharia na proporção de três para um. A artilharia tem sido vital para os combates na Ucrânia, com Zelensky a estimar que as suas forças precisam de um mínimo de quatro milhões de projécteis. No entanto, os EUA só podem produzir 360.000 por ano, levando os cépticos da guerra, como o senador J.D. Vance, a questionar a sensatez de prolongar a guerra à custa dos contribuintes americanos.