De acordo com uma nova sondagem publicada na quarta-feira, a esmagadora maioria dos americanos perdeu a confiança nos meios de comunicação social para relatar as notícias com exactidão.

Segundo a pesquisa realizada pelo American Press Institute e pelo Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, 83% dos entrevistados disseram estar preocupados com a possibilidade dos media “relatarem informações imprecisas ou desinformação” na sua cobertura eleitoral de 2024.

81% disseram estar preocupados que a imprensa relate informações não verificadas e 77% disseram temer que os meios de comunicação social, mesmo quando reportam factos, sejam desonestos no seu enquadramento, cobrindo apenas aspectos favoráveis aos seus candidatos preferidos ou prejudiciais aos seus oponentes.

 

O estudo, que foi realizado entre 21 e 25 de Março junto de 2.468 adultos e que pondera uma margem de erro de +/-2,9%, revelou ainda que 72% dos inquiridos receiam que os meios de comunicação social recorram à inteligência artificial para gerar histórias.

Os resultados do inquérito corroboram as conclusões de outra sondagem divulgada pela Gallup no Outono passado, que revelou que a confiança dos americanos nos meios de comunicação social atingiu um novo mínimo. De acordo com a Gallup, 39% dos americanos classificaram o seu nível de confiança nos meios de comunicação social como “nenhum”, o que representa um recorde desde 1972, quando a sondagem foi feita pela primeira vez. 29% afirmaram ter “pouca confiança” nos meios de comunicação social e apenas cerca de 3 em cada 10 declararam ter alguma confiança.

 

 

A confiança dos americanos nos meios de comunicação social atingiu o seu pico na década de 1970 e tem sofrido um rápido declínio desde 2018, quando, em plena administração Trump, a imprensa corporativa executou um assassinato de carácter de Brett Kavanaugh, então nomeado para o Supremo Tribunal. O juiz federal foi difamado como pertencendo a um gangue de violadores, enquanto o Presidente Trump foi acusado de servir como agente infiltrado do Kremlin na Casa Branca.

Durante as eleições presidenciais de 2020, os meios de comunicação social corporativos ignoraram o portátil de Hunter Biden e as suas revelações de grande impacto sobre o envolvimento íntimo do democrata Joe Biden nos negócios do seu filho no estrangeiro. A National Public Radio descartou o escândalo como uma “perda” de “tempo”, enquanto outros meios de comunicação, como o Politico, publicaram alegações de ex-funcionários da inteligência, que tentaram desacreditar o laptop como desinformação russa. O Politico esperou até quase um ano após as eleições para verificar a autenticidade do infame portátil.

A fraude pandémica e o criminoso programa de vacinação, sustentados pela propaganda da generalidade da imprensa corporativa, fez o resto do trabalho e como mostra esta sondagem AP-NORC, entre muitas outras sondagens, este tipo de desonestidade perpétua dos meios de comunicação social destruiu a confiança dos cidadãos nos títulos que foram outrora de referência, no que diz respeito à veiculação de informação fidedigna.

Não admira que indústria de transformação da realidade que tenta passar por jornalismo esteja agora em modo de cuidados intensivos. Em 2023, só nos EUA, foram despedidos mais de 30.000 propagandistas.

Há que lhes fazer um festivo velório.