Um estudo sobre a delinquência juvenil na província alemã da Baixa Saxónia revelou que a ideologia radical é amplamente prevalecente entre a população jovem muçulmana, com quase metade a preferir um califado islâmico à democracia.
Um “estudo de campo obscuro” realizado pelo Instituto de Investigação Criminológica da Baixa Saxónia (KFN) suscitou preocupações quanto às convicções islamistas dos jovens estudantes muçulmanos da província, cerca de 300 dos quais foram inquiridos no âmbito do estudo.
De acordo com a investigação, quase metade (45,8%) dos muçulmanos do 9º ano – com uma média de idades de 15 anos – afirmaram acreditar que a teocracia islâmica é a melhor forma de governo.
Mais de dois terços (67,8%) concordaram com a ideia de que as regras do Alcorão são mais importantes do que as leis da Alemanha, enquanto mais de um terço (35,3%) disse que tem “compreensão pela violência contra pessoas que insultam Alá ou o Profeta Maomé”.
Entretanto, 21,2% dos estudantes muçulmanos inquiridos concordaram que “a ameaça do mundo ocidental ao Islão justifica que os muçulmanos se defendam com violência”.
Carl Philipp Schröder, da KFN, sublinhou que o inquérito não é necessariamente representativo de todos os jovens muçulmanos na Alemanha, mas não escondeu a sua preocupação com os dados:
“Os dados do último inquérito da Baixa Saxónia são motivo de preocupação e mostram a importância da educação política nas escolas”.
O inquérito surge num momento em que o aumento dos ataques anti-semitas e das ameaças terroristas na Europa, na sequência dos ataques do Hamas a Israel, a 7 de Outubro, forçaram o governo de coligação de esquerda do chanceler Olaf Scholz a admitir a necessidade de reformas no domínio da imigração, que alegadamente incluirão esforços acrescidos para impedir a migração ilegal, bem como a intensificação das deportações e a redução dos benefícios sociais para os alegados requerentes de asilo.
A criminalidade na Alemanha explodiu para níveis estratosféricos, com um enorme aumento de imigrantes a cometerem crimes violentos. Mas alguém acredita que o regime Scholz vai combater a tendência?https://t.co/I8JLHv0DQm
— ContraCultura (@Conta_do_Contra) April 18, 2024
No entanto, o Governo de Berlim continua a favorecer a flexibilização das restrições à obtenção da cidadania alemã e tenciona baixar as normas laborais, como a diminuição do limiar de rendimentos, para atrair mais imigrantes para o país. Além disso, o Governo social-democrata planeia também criar um novo visto de um ano para os imigrantes que venham para a Alemanha à procura de trabalho, em vez de terem um emprego planeado antes de virem para o país.
A agenda radical de abertura das fronteiras, que começou com a antiga chanceler Angela Merkel e continuou com Scholz, viu a composição demográfica do país mudar radicalmente nas últimas duas décadas.
De acordo com os resultados do microcenso de 2021, o número de pessoas que vivem na Alemanha classificadas como tendo “antecedentes migratórios” – ou seja, aquelas que imigraram elas próprias ou que tiveram pelo menos um progenitor nascido no estrangeiro – aumentou para um valor recorde de 22,3 milhões, ou seja, mais de um quarto da população. Em comparação, quando o governo começou a manter estes registos em 2005, havia 15,3 milhões de pessoas com antecedentes migratórios a viver no país.
E quando analisamos a proporção de imigrantes em relação à população total entre os Estados da União Europeia, a Alemanha só fica atrás da Irlanda, da Suécia e dos micro-membros da UE, Chipre, Malta e Luxemburgo, de acordo com o Eurostat.
Em 2022, entre 5,3 e 5,6 milhões de muçulmanos com antecedentes migratórios estavam registados como vivendo na Alemanha, sendo o maior grupo de origem turca.
As projecções do Pew Research Centre revelam que, se as políticas de migração em massa continuarem, a população muçulmana da Alemanha poderá aumentar para 20% até ao ano 2050. A empresa de sondagens salienta que a Alemanha – com a sua economia historicamente forte, benefícios sociais generosos e uma aplicação pouco rigorosa da lei da imigração – tem sido, desde há muito, o destino de eleição na Europa para alegados requerentes de asilo do Médio Oriente.
A percentagem de imigrantes residentes na Alemanha que não têm emprego e vivem de subsídios indica que estão largamente sobre-representados como beneficiários da assistência social, já que, actualmente, representam “apenas” 24,3% da população.https://t.co/Q3dXIVTvYF
— ContraCultura (@Conta_do_Contra) December 13, 2023
Relacionados
12 Dez 24
Nova vaga de imigração para a Europa: ONU diz que 1,5 milhões de pessoas podem agora fugir da Síria.
Se o fenómeno da imigração na Europa fosse resumido a uma anedota, o caso sírio serviria por certo de inspiração: seja qual for o regime que reine no país, o velho continente receberá sempre milhões de 'refugiados'.
12 Dez 24
Cidade canadiana multada por se recusar a celebrar o Mês do Orgulho e a hastear a bandeira do arco-íris.
Uma cidade canadiana vai ser multada em 10.000 dólares por se recusar a participar no Mês do Orgulho e a hastear a “bandeira do arco-íris LGBTQ” no exterior do seu edifício municipal. Tirania pura e dura.
12 Dez 24
Não sabem e não querem saber ou sabem e não querem dizer?
Não se percebe se são drones militares, se são sondas alienígenas, se são mais uma psyop para assustar as massas, mas uma coisa é certa: algo de muito estranho está acontecer por estes dias nos céus do nosso planeta. As 'autoridades' porém, agem como se nada fosse.
11 Dez 24
Embalagem de bonecas do filme ‘Wicked’ vendidas pela Mattel incluem endereço de um site pornográfico.
A empresa de brinquedos Mattel tem algumas explicações a dar, depois de as bonecas criadas em parceria com o novo filme da Universal Pictures, “Wicked”, terem sido comercializadas numa embalagem que inclui o endereço de um site pornográfico.
6 Dez 24
Imigração no Reino Unido explodiu para mais de 900.000 entradas no ano passado.
A responsabilidade pelo descontrolo total da imigração no Reino Unido cabe em grande parte aos conservadores. Mas a atitude escandalizada de Keir Starmer perante o número recordista de entradas em 2023 é de um cinismo arrepiante.
3 Dez 24
Cidadão alemão que criticou um juiz por se limitar a multar um violador de menores, condenado ao dobro dessa multa.
Cidadãos alemão que descreveu um juiz como “perturbado mentalmente”, depois deste ter condenado um sírio que violou uma rapariga de 15 anos a uma mera multa, foi penalizado no dobro do valor dessa multa por ter insultado o juiz.