Um novo boletim informativo dirigido à comunidade dos serviços secretos norte-americanos aconselha os funcionários a procurarem usar uma linguagem mais inclusiva, evitando termos como “lista negra”.
O Gabinete de Diversidade, Equidade, Inclusão e Acessibilidade (DEIA) da comunidade de serviços secretos dos EUA publicou um novo boletim interno com recomendações sobre a linguagem que os espiões e os analistas dos serviços de inteligência devem evitar no seu trabalho.
O documento desaconselha a utilização de palavras como “jihadista, “radical islâmico”, “lista negra” ou “preto no branco” e salienta os benefícios dos travestismo para o trabalho de um agente dos serviços secretos.
A publicação defende também que os funcionários não devem descrever os radicais islâmicos como “clérigos muçulmanos” ou “imãs” – mesmo que o sejam – para não dar a entender que os extremistas têm “estatuto” no Islão.
Recomenda-se ainda aos funcionários dos serviços secretos que os jihadistas devam ser designados por Khawarij, em referência a um grupo que se opôs a Ali ibn Abi Talib, genro de Maomé e uma das figuras mais importantes do islamismo.
Não se sabe exactamente quando é que o documento, intitulado “Words matter: the importance of words”, foi publicado, mas foi inicialmente obtido pelo Daily Wire através de um pedido de informação pública. O documento foi produzido por uma agência do Gabinete do Director dos Serviços Secretos Nacionais (ODNI), um cargo a nível de gabinete que supervisiona as principais agências de espionagem, incluindo a CIA e vários serviços secretos militares.
O boletim informativo apresenta um total de seis artigos “que falam de inclusão de forma mais ampla, explorando a identidade de género, os avanços na acessibilidade e a diversidade na liderança”.
O primeiro artigo aborda a formação dos serviços secretos e os materiais de apresentação que confundem o Islão com o terrorismo, e descreve os esforços destinados a “eliminar” a linguagem problemática que “é ofensiva e afasta os nossos colegas muçulmano-americanos”.
Um outro artigo do boletim informativo seria dedicado à experiência de um funcionário dos serviços secretos, não identificado, que admitiu ter-se travestido e afirmou que isso melhorou as suas capacidades profissionais. “Penso que a minha experiência como travesti melhorou as minhas capacidades como oficial dos serviços secretos, em particular o pensamento crítico”, segundo o autor anónimo.
Outro artigo sobre a “diversidade linguística” sugere que os funcionários dos serviços secretos se livrem daquilo a que chama “linguagem tendenciosa”. A lista de termos a evitar inclui “lista negra”, porque supostamente implica que “o preto é mau e o branco é bom”, bem como “controlo de sanidade”, porque se diz que implica que as pessoas com problemas mentais são inferiores às outras.
O ODNI confirmou os seus esforços para “construir uma força de trabalho diversificada e inclusiva”, acrescentando que o seu gabinete DEIA distribui uma revista trimestral sobre o assunto a cada uma das agências de informação dos EUA.
Considerando os indícios que se amontoam de que a CIA foi responsável pelo assassinato de John Fitzgerald Kennedy, a newsletter podia ter aproveitado o balanço para desaconselhar – ou interditar – o uso da acrónimo JFK, mas tal oportunidade não foi devidamente ponderada.
O documento suscitou algumas críticas por parte de legisladores norte-americanos e de veteranos da comunidade dos serviços secretos. O senador Tom Cotton, republicano do Arkansas, disse à Fox News que “os agentes dos serviços secretos deviam passar o seu tempo a encontrar terroristas e não a preocupar-se se os vão ofender”.
Jeremy Hunt, ex-oficial dos serviços secretos do exército e director do grupo de defesa Veterans on Duty, advertiu que essa linguagem conduziria a “relatórios dos serviços secretos de menor qualidade, imprecisos e confusos”.
Um documento DEI semelhante que foi tornado público em Novembro de 2023 desencadeou um inquérito por dois membros do Congresso depois que o Daily Wire, que também foi o único a dar a notícia na época, o descreveu como endossando “pontos de vista flagrantemente esquerdistas sobre raça e sexo”.
A ideologia woke não está limitada porém aos serviços secretos americanos. Como o ContraCultura já documentou, as agências de inteligência britânicas estão a interditar o recrutamento de operacionais brancos. E no Canadá, os serviços secretos espiam os cidadãos que se opõem a mudanças de sexo em crianças.
Relacionados
12 Dez 24
Nova vaga de imigração para a Europa: ONU diz que 1,5 milhões de pessoas podem agora fugir da Síria.
Se o fenómeno da imigração na Europa fosse resumido a uma anedota, o caso sírio serviria por certo de inspiração: seja qual for o regime que reine no país, o velho continente receberá sempre milhões de 'refugiados'.
12 Dez 24
Cidade canadiana multada por se recusar a celebrar o Mês do Orgulho e a hastear a bandeira do arco-íris.
Uma cidade canadiana vai ser multada em 10.000 dólares por se recusar a participar no Mês do Orgulho e a hastear a “bandeira do arco-íris LGBTQ” no exterior do seu edifício municipal. Tirania pura e dura.
12 Dez 24
Não sabem e não querem saber ou sabem e não querem dizer?
Não se percebe se são drones militares, se são sondas alienígenas, se são mais uma psyop para assustar as massas, mas uma coisa é certa: algo de muito estranho está acontecer por estes dias nos céus do nosso planeta. As 'autoridades' porém, agem como se nada fosse.
11 Dez 24
Embalagem de bonecas do filme ‘Wicked’ vendidas pela Mattel incluem endereço de um site pornográfico.
A empresa de brinquedos Mattel tem algumas explicações a dar, depois de as bonecas criadas em parceria com o novo filme da Universal Pictures, “Wicked”, terem sido comercializadas numa embalagem que inclui o endereço de um site pornográfico.
6 Dez 24
Imigração no Reino Unido explodiu para mais de 900.000 entradas no ano passado.
A responsabilidade pelo descontrolo total da imigração no Reino Unido cabe em grande parte aos conservadores. Mas a atitude escandalizada de Keir Starmer perante o número recordista de entradas em 2023 é de um cinismo arrepiante.
3 Dez 24
Cidadão alemão que criticou um juiz por se limitar a multar um violador de menores, condenado ao dobro dessa multa.
Cidadãos alemão que descreveu um juiz como “perturbado mentalmente”, depois deste ter condenado um sírio que violou uma rapariga de 15 anos a uma mera multa, foi penalizado no dobro do valor dessa multa por ter insultado o juiz.