Nos Estados Unidos, a direita patriota e populista ainda tenta vender a ideia de que a América é, citando Sebastian Gorka, ‘the greatest nation on God’s Earth’.

É de chorar a rir. A maior nação nesta Terra de Deus nunca elegeria um farrapo humano como Joe Biden para seu líder máximo. Ou nunca o deixaria roubar umas eleições (para o caso é igualzinho). A maior nação nesta Terra de Deus nunca ensinaria às suas crianças que as pessoas devem ser divididas pela raça e que há umas raças melhores que outras. A maior nação nesta Terra de Deus nunca toleraria senadores como Lindsey Graham, que encomendam nas redes sociais o assassinato de líderes de outros países, ou congressistas como Eric Swalwell que, literal e impunemente, dormem com o inimigo, ou representantes que odeiam declaradamente os ancestrais valores da nação, como Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar ou Rashida Tlaib. A maior nação nesta Terra de Deus não é um sítio onde o crime urbano seja incentivado por políticos e o crime financeiro seja permitido pelo banco central. A maior nação nesta Terra de Deus não entregaria as forças armadas a feministas e a hora do conto a transexuais. A maior nação nesta Terra de Deus protegeria as suas fronteiras em vez de arriscar uma guerra mundial por causa das fronteiras de um país antípoda. A maior nação nesta Terra de Deus teria retirado do Afeganistão sem lá deixar milhares de concidadãos e dezenas de biliões de dólares em equipamento militar. A maior nação nesta Terra de Deus seria responsável por menos guerras e procuraria ganhar algumas. A maior nação nesta Terra de Deus teria uma imprensa independente e minimamente objectiva e tribunais despolitizados e agências de segurança pública que perseguissem bandidos e assassinos em vez de dissidentes ideológicos. A maior nação nesta Terra de Deus não iria catalogar metade dos seus cidadãos como terroristas ou supremacistas ou racistas ou homofóbicos ou negacionistas. A maior nação nesta Terra de Deus não aceitaria vacinar as suas gentes com um subproduto experimental. A maior nação nesta Terra de Deus não precisaria de um sujeito meio reles como Donald Trump para ser salva, nem seria nunca governada por uma unipartidária elite de oligarcas cuja agenda de cinzas inclui todo o tipo de malfeitorias globais, enquanto recusa os mais básicos interesses da própria população. A maior nação nesta Terra de Deus não ficaria dependente dos recursos energéticos de adversários estratégicos e inimigos confessados, quando pode perfeitamente explorar esses recursos no seu próprio território. A maior nação nesta Terra de Deus não chegaria ao ponto decadente de constatar que 30% da sua população é obesa ou de permitir que homens compitam directamente com mulheres em desportos profissionais. A maior nação nesta Terra de Deus não teria como principal causa de morte o consumo desregrado de opiáceos, adquiridos com receita médica.

A maior nação nesta Terra de Deus? Não, de todo. Os Estados Unidos da América do Século XXI são mais um inferno garantido do que uma terra prometida. E os “patriotas” que recusam o facto só estão a contribuir, com a sua cegueira, para essa queda dantesca.