Acreditem ou não: Um afegão acusado de ofensas sexuais enquanto ilegal no Reino Unido recebeu o estatuto de refugiado porque o tribunal achou que o seu comportamento ofensivo não seria tolerado se fosse enviado de volta para o Afeganistão.

Uma investigação recente descobriu que um agressor sexual afegão que “continua a agir de forma inadequada em relação às mulheres” não foi deportado porque um crime sexual semelhante no Afeganistão poderia levar à sua “perseguição”.

Apesar de ter sido condenado criminalmente, os tribunais decidiram que o afegão potencialmente perigoso não deveria ser enviado de volta para o Afeganistão porque actos como a masturbação pública e “acariciar partes do corpo” no seu país de origem o colocariam “em alto risco de violência física por parte da mentalidade da turba”.

No inacreditável acórdão do tribunal podemos ler:

“Se ele agir da mesma forma que agiu no Reino Unido quando regressar ao Afeganistão… os maus tratos de que será provavelmente vítima satisfazem a definição de perseguição”.

Portanto: a melhor forma de conseguir um visto de refugiado para permanecer no Reino Unido é cometer um crime. De natureza sexual, preferencialmente.

É de bradar aos céus.

A decisão judicial, emitida antes da vergonhosa retirada do regime Biden do Afeganistão, que voltou a mergulhar o país no controlo bárbaro dos talibãs, não é a primeira centrada em supostos “direitos humanos” a colocar o público britânico em perigo.

Em 2020, juízes escoceses decidiram que um combatente talibã não podia ser deportado porque o anterior governo apoiado pelo Ocidente era hostil à organização terrorista e ele corria o risco de ser “perseguido”.

O réu deste caso argumentou também que sofria de perturbação de stress pós-traumático em resultado das suas experiências enquanto militava nos Talibãs e lutava contra as forças britânicas e aliadas – tendo um juiz concordado que poderia receber tratamento insuficiente para a doença no seu país de origem.

Este indivíduo, cuja identidade foi protegida pelos tribunais, já tinha falhado seis recursos de deportação, mas continuou a receber financiamento público para novos recursos, até que um deles foi aceite.

Entre outros casos escandalosos de que a justiça britânica está a ser acusada, encontram-se estes anedóticos quatro:

– Um traficante de droga jamaicano que foi deportado do Reino Unido três vezes – para depois voltar a entrar repetidamente no país – acabou por ver o seu pedido de permanência aprovado.

– Um alegado chefe do crime acusado pelo Governo indiano de branqueamento de capitais ganhou o seu recurso contra uma decisão do Ministério do Interior britânico de lhe negar asilo.

– Uma mulher jamaicana condenada duas vezes por posse de droga com intenção de a distribuir, continua a lutar contra a deportação 22 anos depois de ter entrado no Reino Unido.

– Um traficante italiano ganhou um recurso contra a deportação – apesar de ter sido descrito como tendo “controlo operacional” de uma rede de tráfico de drogas duras.

O Reino Unido já foi, nitidamente.