No clip em baixo, Alexander Mercouris conta uma história arrepiante e eloquente sobre o estado actual da forças militares ucranianas. A BBC quis fazer um programa com testemunhos de soldados ucranianos e a produção escolheu antecipadamente alguns deles, de entre uma unidade estacionada na frente. Quando, uns dias depois, a estação britânica se preparava para gravar os testemunhos desses soldados, eles já estavam todos mortos.

 

 

Talvez o elemento mais perturbador – e imperdoável – na posição niilista do bloco ocidental e da imprensa corporativa é o facto de não considerarem o que estão a fazer ao povo ucraniano. De encararem assim levianamente a chacina que estão a promover, justificada por falsas causas e corruptos motivos.

A quantidade incrível de pessoas que estão a morrer desnecessariamente, numa guerra que já estava perdida à partida, é absolutamente dantesca. Quando o conflito terminar, vamos estar a falar de milhões de mortos.

Não faltam na história humana políticos condenados por enviarem para o matadouro de inúmeras frentes de batalha os seus cidadãos, em guerras que poderiam ser evitadas ou que não tinham razão moral de ser. Mas isto é pior ainda, porque as elites políticas do Ocidente – e os canalhas da imprensa que os servem como criados de quarto – estão a enviar para a morte certa e fútil cidadãos de um país que não é o deles. Ou seja: nem sequer serão, através do voto e do luto, escrutinados pelas suas tenebrosas decisões, pela sua irresponsável retórica. Pelos seus actos diabólicos.

Acresce que, depois do acto terrorista de Moscovo, e do mais que certo envolvimento do regime Zelensky no horror, a guerra na Ucrânia ganhará novos e ainda mais tenebrosos contornos. A Ucrânia corre agora o risco da destruição total.

Se, logo em 2022, no início da operação militar russa, o Ocidente não tivesse impedido as negociações que estavam em curso e permitisse a paz; se não tivesse apoiado com equipamento militar e dinheiros sem conta o regime Zelensky, sem qualquer critério racional e apenas pelo interesse em combater a Rússia – porque a Rússia representa valores civilizacionais que se opõem ao ideário globalista-elitista que domina os corredores do poder deste nosso triste lado do mundo -; o que é que teria acontecido entretanto?

A Rússia tinha ocupado a parte russa da Ucrânia (cerca de um quarto do território do país, o seu extremo oriental). Depois, o Kremlin teria negociado a saída das forças políticas do actual regime ucraniano, infectadas por nazis e pela corrupção generalizada, e obtido garantias de que a Ucrânia não seria nunca membro da NATO. Basicamente, foram estes os objectivos iniciais de Moscovo. E para evitar esta circunstância, valeu a pena o horror que está a acontecer agora?

Para que Zelensky permaneça no poder e para que o ideiário globalista domine a Ucrânia, justifica-se o genocídio de gerações de ucranianos e a destruição do país?

Tudo isto é tão estúpido que até é difícil comentar a estupidez de tudo isto.