Os três monges assassinados em Cullinan, África do Sul

 

Três monges egípcios da Igreja Copta Ortodoxa foram mortos à facada num mosteiro da África do Sul.

O suspeito do ataque ao Mosteiro de São Marcos Apóstolo e São Samuel, o Confessor, localizado em Cullinan, a leste de Pretória, foi detido, mas identificado apenas como um homem de 35 anos.

O motivo do ataque também não foi divulgado, e as autoridades limitaram-se a afirmar que não acreditam que o crime tenha sido motivado pela intenção de furto, pois nada foi roubado.

A Igreja Copta Ortodoxa identificou os monges como Takla el-Samuely, Yostos ava Markos e Mina ava Markos e reconheceu-os como “mártires”.

Com sede no Egipto, a Igreja serve principalmente o povo copta, que antecede a conquista e colonização árabe-islâmica do país e ainda representa cerca de 5 a 10% da população.

Os coptas têm o seu próprio pontífice em Alexandria, o Papa Tawadros II, que encontra o seu mandato em São Marcos, da mesma forma que o pontífice católico romano atribui a sua origem a São Pedro. Os copta são frequentemente alvo de terroristas islâmicos radicais, tendo dezenas sido mortos durante dois atentados suicidas em serviços religiosos no Domingo de Ramos em 2017, por exemplo.

A Igreja faz parte da Igreja Ortodoxa do Levante que também inclui igrejas como a Apostólica Arménia e a Igreja Ortodoxa Etíope de Tewahedo. É separada da Igreja Ortodoxa Oriental, que inclui igrejas como a Ortodoxa Grega e a Ortodoxa Russa.

Como o ContraCultura documentou em 2023, Os Coptas arménios têm também sido alvo de perseguição em Jerusalém, pelos judeus ortodoxos.