A ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, recusou-se a abandonar a corrida presidencial no sábado, após uma derrota esmagadora no seu próprio estado.
A Associated Press considerou que a vitória de Donald Trump, com 60% dos votos contra 40% de Haley e confirmada pouco tempo depois do fecho das urnas, “consolidou ainda mais o seu caminho para uma terceira nomeação consecutiva do Partido Republicano”. O ex-presidente ganhou todas eleições primárias do Partido Republicano que se realizaram até agora, sempre por margens enormes.
Haley falou aos seus apoiantes em Charleston, depois de se conhecerem os resultados:
“Sei que 40% não são 50%, mas também sei que 40% não é um grupo minúsculo”.
Prometendo permanecer na corrida após uma derrota por 20 pontos no estado em que foi governadora por dois mandatos, a candidata afirmou:
“Eu disse no início desta semana que, independentemente do que acontecesse na Carolina do Sul, eu continuaria a concorrer à presidência. Sou uma mulher de palavra”.
Graças ao financiamento que recolhe do establishment, pode de facto ir de humilhação em humilhação até à derrota final.
A próxima primária republicana será realizada em Michigan amanhã e na próxima semana os candidatos terão o decisivo desafio da Super-Tuesday, em que se jogam os delegados de 16 estados. Haley disse a esse propósito:
“Vamos para os estados da Super-Tuesday durante toda a próxima semana”.
Por seu lado, Trump dirigiu-se aos seus apoiantes com um discurso de vitória proferido em Columbia.
“Foi uma noite fantástica. Nunca vi o Partido Republicano tão unificado. Vamos dizer ao Joe: ‘Estás despedido'”.
No discurso, o ex-presidente não mencionou a sua rival, que foi também embaixadora na ONU durante o seu mandato.
Haley tem-se mantido desafiante na campanha, apesar das derrotas nos cinco concursos de nomeação de delegados para a Convenção Nacional Republicana, que decorrerá este Verão. No início deste mês, a ex-governadora perdeu as primárias em New Hampshire por 11 pontos, depois de ter ficado num distante terceiro lugar nas escrutínios de Iowa. No Nevada, a única adversária de Trump, globalista impenitente e mascote do pântano de Washington, sofreu outra humilhação pública, ao perder as primárias para “nenhum destes candidatos”.
E mesmo os 40% de votos obtidos no seu estado são de origem duvidosa, já que os democratas têm violado a ética eleitoral das primárias, ao votarem nos escrutínios republicanos pela candidata que na verdade representa o Unipartido das elites políticas norte-americanas.
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