Na semana passada, o advogado especial David Weiss acusou um antigo informador do FBI que afirmou que o Presidente Biden foi subornado pela empresa ucraniana de petróleo e gás Burisma. A acusação alega que o informador mentiu sobre o alegado papel de Biden no esquema de corrupção.

Alexander Smirnov, de 43 anos, foi detido na quinta-feira no Aeroporto Internacional Harry Reid, em Las Vegas.

Smirnov foi acusado de prestar falsas informações, ao acusar o actual inquilino da Casa Branca de aceitar subornos da energética ucraniana:

“É uma invenção, uma amálgama de reuniões de negócios e contactos que tinham realmente ocorrido, mas numa data posterior à que ele alegou e com o objectivo de apresentar os serviços e produtos do arguido à Burisma, e não para discutir subornos a [Joe Biden] quando este estava no cargo”.

O informador, que foi agora identificado como Smirnov, prestou depoimento aos republicanos da Câmara sobre a sua investigação relacionada com alegados negócios ilegais da família Biden no estrangeiro. Afirmou que os executivos da Burisma pagaram 5 milhões de dólares ao Presidente Biden e outro tanto ao seu filho Hunter, para que fosse demitido um procurador ucraniano que, na altura, estava a investigar a Burisma.

O informador alegou que o suborno ocorreu quando Biden era vice-presidente no governo de Barack Obama.

A acusação de David Weiss afirma:

“Na verdade e de facto, o arguido teve contacto com executivos da Burisma em 2017, após o fim da administração Obama-Biden e depois de o então procurador-geral ucraniano ter sido demitido em Fevereiro de 2016, ou seja, quando [Joe Biden] não tinha capacidade para influenciar a política dos EUA e quando o procurador-geral já não estava no cargo. Em suma, o arguido transformou os seus contactos comerciais rotineiros e não extraordinários com a Burisma em 2017 e mais tarde em alegações de suborno contra [Joe Biden], o presumível candidato de um dos dois principais partidos políticos à presidência, depois de expressar preconceito contra [Joe Biden] e a sua candidatura”.

O problema desta narrativa do Departamento de Justiça, é que Victor Shokin, o procurador ucraniano demitido por investigar a Burisma e os seus negócios com a família Biden, já afirmou entretanto que está convicto de que o Presidente dos EUA e o seu filho foram de facto subornados, corroborando a história de Smirnov. E o próprio Joe Biden gabou-se publicamente, em 2018, de conseguir que o procurador Shokin fosse demitido:

“Olhei para ele e disse: Vou-me embora daqui a seis horas. Se o procurador não for demitido, não vão receber o dinheiro. Bem, o filho da mãe foi demitido”.

 

 

Isto embora não existissem quaisquer razões para que os EUA tivessem interesse em remover o procurador ucraniano do seu cargo. Pelo contrário, Victor Shokin foi até elogiado pelo Departamento de Estado da administração Obama pela sua decisiva actividade judicial no combate à corrupção na Ucrânia.

A verdade é só esta: O Departamento de Estado persegue judicialmente todos aqueles que denunciam a corrupção da família Biden. Porque os actuais Estados Unidos da América são uma autêntica república das bananas.