Os mesmos palhaços que te mentiram sobre os índices de mortalidade do Covid-19; os mesmos falsários que te enganaram sobre a eficácia das máscaras e do distanciamento social e dos confinamentos e das vacinas; os mesmos chefes da redacção do inferno que te venderam as virtudes das guerras no Iraque e no Afeganistão e na Síria e na Líbia e na Ucrânia; os mesmos fazedores corruptos da opinião pública que defenderam os benefícios da globalização e da diversidade; os mesmos profetas erráticos que anunciam o apocalipse climático para depois de amanhã desde os anos 60 do século XX; os mesmos doutores da academia do caos que te convenceram que a imigração massiva de povos com referências culturais e religiosas diametralmente diferentes das tuas é uma ideia redentora para a civilização em que foste criado; os mesmos activistas radicais que te tentam impingir Trudeau como um herói da democracia, que juram a pés juntos que Biden ganhou nas urnas as eleições de 2020 e que Macron defende os interesses dos franceses, que von der Leyen é mais que apenas uma burocrata com tiques autoritários e que a União Europeia é uma instituição recomendável, em vez de uma organização mafiosa; os mesmos canalhas que conseguem argumentar que no futuro serás privado do direito à propriedade e do direito à privacidade e que ainda assim vais ser feliz; os mesmos caciques que desvalorizam a liberdade em nome da segurança; os mesmos filhos de um deus menor que te recomendaram os centros comerciais em desfavor das igrejas; os mesmos arcanjos de Satanás que te anunciaram a morte de Deus para logo a seguir encostarem a ciência à parede da fé religiosa;

[pausa para respirar]

estes mesmos agentes da destruição do teu mundo, dos valores em que foste criado, do legado dos teu avós, do futuro dos teus filhos, continuam agora empenhados em formar o teu juízo sobre a guerra em Gaza, o racismo dos irlandeses, a erudição científica de Greta Thunberg, a legitimidade revolucionária dos rapazinhos da Antifa e do Just Stop Oil, a normalidade dos excessos de mortalidade, a ambição conquistadora de Putin, os benefícios da propaganda, os malefícios da “desinformação”, as virtudes do ateísmo, a indiscutível infalibilidade da ciência, a generosidade humanista do anti-papa, o talento visionário de Klaus Schwab, os perigos da “supremacia branca” e da “extrema-direita”, a homossexualidade de Alexandre, o Grande e a etnia mestiça de Isaac Newton.

 

 

Não achas que já é tempo de desligares a televisão, evitares a imprensa corporativa, contrariares a manada das redes sociais e começares a pensar por ti próprio?

Não foi por isso que Deus te deu mais neurónios que ao firmamento corpos celestes? Não foi por isso que nasceste com a natural capacidade do livre arbítrio?

Dá uso aos teus dons de Sapiens. É por aí que vais encontrar aquilo que desde sempre procuras: um significado para a vida.