A Secretária do Tesouro, Janet Yellen, admitiu que o nível de preços de muitos bens nos Estados Unidos irá provavelmente manter-se elevado num futuro próximo, mas argumentou que a culpa não é do Presidente Joe Biden. Os seus comentários foram feitos durante uma comparência perante o Comité Bancário do Senado, na quinta-feira, para uma audiência sobre a estabilidade financeira da economia dos EUA.
O Senador John Kennedy (R-LA) pressionou a Secretária, perguntando-lhe se os americanos deveriam esperar uma descida dos preços em breve. O republicano de Louisana perguntou sem rodeios à secretária do Tesouro de Biden:
“Estes preços elevados, causados pela ‘Bidenomics’, vieram para ficar – não é verdade?”
A Secretária Yellen chutou para canto:
“Bem, os preços altos não foram causados pela ‘Bidenomics'”
E depois, tratou de transferir responsabilidades:
“Sofremos uma pandemia que resultou em graves perturbações”.
Para acabar com a conversa, o Senador Kennedy voltou a pressionar Yellen, perguntando:
“Mas eles vieram para ficar, não é?”
Em resposta, a Secretária Yellen admitiu o óbvio:
“Eu não espero que o nível de preços baixe.”
YELLEN: “The high prices were not caused by Bidenomics!”@SenJohnKennedy: “They’re here to stay, aren’t they?”
YELLEN: “I don’t expect the level of prices to go down.” pic.twitter.com/z56AUxQUo8
— RNC Research (@RNCResearch) February 8, 2024
O governo Biden tem-se esforçado por controlar os efeitos da inflação na economia dos EUA e o seu impacto nos consumidores americanos. Que foram auto-infligidos. Depois de assumir o cargo, o Presidente Biden fez aprovar várias leis de grande despesa no Congresso, incluindo o Plano de Resgate Americano – um projecto-lei de “estímulo” de 1,9 biliões de dólares aprovado pelo Congresso em Março de 2021 com o objectivo de acelerar a recuperação económica da pandemia de COVID-19. A Reserva Federal americana tem também impresso moeda como se não houvesse amanhã, de forma a segurar a dívida soberana monumental e apoiar os esforços de guerra na Ucrânia.
Nos meses que se seguiram à assinatura da lei de estímulo, os EUA registaram o que inicialmente parecia ser apenas um aumento gradual da taxa de inflação – com o índice a subir de 2,6% em Fevereiro para 5% em Maio e a manter-se em torno desse valor durante vários meses. À medida que o estímulo entrou em vigor, no entanto, a taxa de inflação aumentou rapidamente, saltando de 5,4% em Setembro de 2021 para 9,1% em Junho de 2022, e depois descendo para se encontrar em 3,1% em Dezembro de 2023. No processo, os americanos (e na verdade todos nós) perderam biliões em poupanças e poder de compra.
O ContraCultura lembra que Janet Yellen começou por dizer que a inflação nunca seria pronunciada, e depois que seria uma tendência temporária. Agora diz que veio para ficar. Tudo normal, neste regime de anormais.
Relacionados
18 Abr 25
Uma conspiração de estúpidos: DOGE reduz o seu objectivo de poupança em 92%.
Elon Musk moderou substancialmente os seus ambiciosos objectivos de redução de despesas no governo federal, apresentando estimativas 180% e 95% inferiores ao que tinha prometido em 2024 e em Fevereiro de 2025, respectivamente.
17 Abr 25
Próximo alvo das tarifas de Trump: as grandes empresas farmacêuticas.
Na semana passada, Trump informou as Big Pharma que vão ser submetidas a um regime tarifário para que não continuem a depender de medicamentos feitos no estrangeiro, com mão de obra barata.
15 Abr 25
Administração Trump baixa tarifas sobre smartphones e computadores.
Cedendo à intensa pressão das tecnológicas de Silicon Valley, bem como dos gestores de fundos de Wall Street, ou preocupado com a ruptura de stocks no mercado interno e consequente surto inflaccionário, Donald Trump decidiu aliviar as tarifas sobre produtos electrónicos.
14 Abr 25
União Europeia cede e suspende direitos aduaneiros de retaliação contra os EUA.
Depois de Trump ter prometido que os países que não retaliassem seriam beneficiados, a União Europeia recuou nas suas tarifas de retaliação contra os bens dos EUA, para dar tempo a negociações comerciais.
11 Abr 25
Trump pede corte na taxa de juros, mas presidente da Reserva Federal continua reticente.
Donald Trump está a pressionar a Jerome Powell para começar a reduzir as taxas de juro, mas a agenda globalista-elitista da Reserva Federal americana não coincide de todo com os interesses da Casa Branca.
10 Abr 25
Trump sobe taxa sobre a China para 125%, enquanto estabelece tarifa única de 10%, por 90 dias, para todos os outros países.
Donald Trump anunciou, esta quarta-feira, que os Estados Unidos vão passar a impor uma tarifa total de 125% sobre as importações chinesas e de 10% sobre todos os países que não retaliaram contra a sua política de direitos aduaneiros.