Novos dados indicam que mais de metade dos edifícios em Gaza foram danificados ou destruídos, desde que Israel lançou a sua resposta militar ao ataque terrorista do Hamas de 7 de Outubro de 2023. Imagens pormenorizadas recolhidas por drones e de enquadramento mais geral captadas por satélite fornecem uma visão sombria da destruição, com a cidade de Khan Younis a suportar a maior parte do impacto.
A análise, efectuada por investigadores da City University of New York e da Oregon State University, utilizou dados de satélite para revelar a extensão dos danos na Faixa de Gaza. Verificou-se que entre 50% e 61% dos edifícios – aproximadamente 144.000 a 175.000 – estão agora gravemente danificados ou destruídos. Khan Younis, em particular, viu 38.000 dos seus edifícios, ou mais de 46% das suas infra-estruturas, danificados.
A destruição causou deslocações significativas, com cerca de 1,7 milhões de pessoas, mais de 80% da população de Gaza, a fugirem das suas casas. Quase metade destas pessoas refugiou-se no extremo sul da Faixa de Gaza, tal como recomendado por Israel. Nestas áreas, há indícios de danos extensos nos terrenos agrícolas e, com a destruição de centros comerciais e universidades historicamente ocupados, surgiram cidades de tendas para alojar a população sem-abrigo.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) defendem a extensão da destruição, afirmando que têm como alvo os combatentes do Hamas e as “infra-estruturas terroristas”, mas as estruturas alegadamente sob controlo das FDI, como a Universidade Israa, no norte de Gaza, também sofreram danos significativos e não é de todo credível que metade dos edifícios de Gaza sejam legítimos alvos militares.
Além disso, os danos estendem-se ao sector da produção agrícola de Gaza, anteriormente uma das principais fontes de alimentação da região. Os danos são de tal ordem que as agências de ajuda humanitária estão agora a alertar para o facto de metade dos habitantes de Gaza estarem a enfrentar a ameaça da fome. Numerosos marcos históricos, como a mesquita al-Omari do século VII, foram também gravemente danificados.
E se esta análise de danos não constitui prova material de crimes de guerra, dificilmente alguma nação poderá no futuro ser condenada por barbaridades deste calibre. Por muito que possamos condenar a acção terrorista do Hamas a 7 de Outubro (E CONDENAMOS), a desproporcionalidade da resposta sionista não tem qualquer tipo de justificação, a não ser a do genocídio e a da clara intenção de acabar com a presença dos palestinianos em Gaza.
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