Mesmo os canadianos, cujo DNA tem uma incidência bovina muito acima da média da espécie Sapiens, estão a começar a ficar fartinhos de Justin ‘Adolfo’ Trudeau.

Em Dezembro, uma sondagem revelou que maioria dos eleitores do país mais fascizado do Ocidente considera que chegou a altura do tirano se demitir, embora reconheçam, também maioritariamente, que tal iniciativa é muito pouco provável, dado o apego ao poder, característico de qualquer ditador, que Trudeau claramente manifesta.

A nova sondagem realizada pela Ipsos exclusivamente para a Global News revelou que 69% dos canadianos consideram que Trudeau deve demitir-se do cargo de líder dos liberais e de primeiro-ministro. Esta conclusão vem na sequência de uma sondagem anterior, da responsabilidade dos mesmos intervenientes, feita entre 14 e 17 de Novembro, que sugeria que 72% dos canadianos tinham a mesma opinião, o que representa uma diminuição de três pontos no sentimento de rejeição do filho de Fidel Castro, mas dentro da margem de erro da sondagem.

O director executivo da Ipsos, Darrell Bricker, afirmou que os inquiridos mostram-se bem informados sobre as razões pelas quais consideram que Trudeau deve afastar-se e reúnem-se em 3 grandes grupos:

– Os conservadores ou independentes que nunca gostaram dele, nunca votaram nele e nunca vão votar nele; uma minoria de canadianos esclarecidos que acham simplesmente que Trudeau é um liberal-fascista que deve desaparecer do mapa político o mais rapidamente possível;

– Aqueles liberais que já votaram nele mas que consideram que o seu tempo já passou; que o infeliz prestou um serviço ao Canadá (!) mas que o país precisa mesmo de uma mudança.

– E por fim aqueles adeptos incondicionais das T-shirts estampadas com o rosto de Che Guevara, que acham que o tirano não tem condições para ganhar as próximas eleições e há que fazer o que for preciso para impedir os conservadores de chegar ao poder.

De acordo com Bricker, existe uma convicção generalizada, sem grandes diferenças geográficas, que Trudeau deve sair, até porque esse sentimento está a infiltrar-se em áreas tradicionalmente mais favoráveis aos liberais.

“O que estamos a ver agora é que a ideia de que Trudeau deve abandonar o poder se infiltrou no Ontário, no Quebeque e até no Canadá Atlântico. Desta vez, parece que as pessoas estão cansadas ou não acreditam que ele tenha o que é preciso para derrotar os seus adversários”.

Embora quase sete em cada dez canadianos pensem que Trudeau deveria abandonar o cargo, 63% consideram que isso é improvável, de acordo com a sondagem.

Trudeau tem-se mantido firme na sua intenção de liderar os liberais nas próximas eleições sempre que o assunto vem à baila. Claro.

Lori Turnbull, da Universidade de Dalhousie, diz que é provável que os liberais não estejam muito preocupados com estes dados, uma vez que as próximas eleições ocorrerão nunca antes do Outono de 2025 e o acordo de governo estabelecido com o NDP continua intacto. Turnbull acrescentou:

“Estamos no mundo da política de limite, em que o que importa é: ‘Ou estás na minha equipa ou não estás’. Por isso, quando a marca da pessoa se deteriora, é mais difícil para os eleitores mudarem de direcção, porque se estavam no partido por causa da pessoa, por causa dessa marca, para onde vão se não gostarem dessa marca? Não quer dizer que se vá gostar da marca de outra pessoa”.

Ainda assim, os canadianos parecem esperar ir às urnas em 2024, com 59% a pensar que é provável que haja eleições este ano. Apenas 29% não pensam assim e os restantes 13% afirmam não saber se haverá ou não eleições.

E, como fica claro por estas linhas, o facto de a maioria dos canadianos pensar que Trudeau já deu o que tinha a dar não quer dizer que, quando forem chamadas às urnas, não continuem a votar nele em números significativos.

O Canadá é o Canadá e até um primeiro-ministro que prende opositores políticos, congela as suas contas bancárias e desrespeita as leis fundamentais do país pode permanecer no poder indefinidamente.

A ver vamos. E no entretanto, Tucker Carlson passou uns dias no país, a semear ventos de liberdade.