Hans Leijtens: a definição de homem errado para o cargo

 

O Chefe da Frontex  diz que “nada pode parar” os migrantes – “Nenhum muro, nenhuma vedação, nenhum mar, nenhum rio”.

Hans Leijtens, o recentemente nomeado director executivo da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira – vulgarmente conhecida como Frontex – proclamou que as fronteiras não funcionam e que a Europa deve abandonar a “narrativa” de “parar as pessoas”.

Defendendo uma “maior abertura” em relação aos migrantes, Leijtens disse isto ao Die Welt:

“Nada pode impedir as pessoas de atravessar uma fronteira, nenhum muro, nenhuma vedação, nenhum mar, nenhum rio”.

É mais que óbvio que esta declaração é falsa. Na realidade, as nações que ergueram barreiras físicas testemunharam a cessação quase total das invasões de migrantes, incluindo os Estados Unidos sob o presidente Trump e a Hungria sob o governo de Viktor Orban.

Leijtens, que do ponto de vista da Comissão Europeia é o homem certo no lugar certo, é um desastre sobre pernas quando nos colocarmos do lado da razão e do bom senso: um homem que admite que não há nada que possa fazer para cumprir o seu cargo, que é o de salvaguardar os limites territoriais da União Europeia, devia ser despedido na hora.

Antigo comandante da Royal Netherlands Marechaussee, uma espécie de GNR dos Países Baixos, Leijtens “dirige” a Frontex desde Março de 2023.

O infeliz fez mais comentários aberrantes durante uma entrevista ao jornal alemão Welt am Sonntag:

“Esta conversa de ‘parar pessoas’ e ‘fechar fronteiras’ não pode ser sempre a nossa narrativa. O meu trabalho consiste em criar um equilíbrio entre uma gestão eficaz das fronteiras e o respeito pelos direitos fundamentais”.

Mas a salvaguarda das fronteiras de um qualquer país não será um direito fundamental dos seus cidadãos? E que gestão eficaz pode alguma vez ser realizada sobre fronteiras que não funcionam como fronteiras?

O ContraCultura lembra que os limites territoriais das nações modernas foram criados por duas razões fundamentais: a de estabelecer um perímetro de tributação que alimentasse a máquina do estado, e a de separar pessoas que não se entendiam, agrupando aquelas que tinham em comum uma plataforma histórica, cultural, étnica e linguística que permitisse um entendimento de longo prazo. Em troca dos impostos cobrados, os monarcas prometiam segurança e o fim da lógica tribal, eminentemente violenta, e o levantamento de infra-estruturas essenciais. Em troca da paz, o estado central exigia a lealdade e a mobilização em caso de guerra.

É muito simples na verdade: ao abrirmos as fronteiras e permitirmos a desagregação étnica, cultural e linguística das nações, estamos a promover um regresso à condição tribal.

E não podia ser mais característico da União Europeia ter um responsável pela segurança de fronteiras que não acredita nelas.

A UE enfrenta uma enorme crise migratória que afecta países de todo o bloco, incluindo a Alemanha, a Irlanda, a França e a Itália, apesar da Comissão Europeia estar empenhada em receber ainda mais migrantes. A crise está a levar um número crescente de europeus a apoiar partidos populistas e nacionalistas que prometem enfrentar a crise de frente, como o Partido para a Liberdade (PVV) da Holanda, liderado por Geert Wilders, e a Alternativa para a Alemanha (AfD), que está a levar os globalistas de Berlim ao pânico total.

Não é certo que o mesmo se possa dizer de Portugal, já que as ideias de André Ventura sobre a imigração variam em função da naturalidade do imigrante.