Os fundos de pensões públicos americanos investiram mais de 73,28 mil milhões de dólares em acções chinesas, dos quais mais de 68 mil milhões desde 2020 – o que representa um risco potencialmente grave para a segurança e a economia dos EUA, à medida que as relações com a ditadura comunista se deterioram.
O Fundo de Aposentadoria Comum do Estado de Nova Iorque e o Sistema de Aposentadoria dos Professores do Estado de Nova Iorque estão entre os fundos de pensões mais expostos à China, com mais de 8,3 mil milhões e 3,1 mil milhões de dólares comprometidos, respectivamente.
Outros grandes investidores incluem o Sistema de Reforma dos Funcionários Públicos da Califórnia, com 7,86 mil milhões de dólares investidos, o Sistema de Professores do Estado da Califórnia, com 5,55 mil milhões, o Conselho de Investimento do Estado de Washington, com 5,02 mil milhões, o Sistema de Reforma dos Funcionários de São Francisco, com 3,3 mil milhões, e o Sistema de Reforma dos Funcionários das Escolas Públicas da Pensilvânia, com 3,2 mil milhões de dólares.
Muitos sistemas escolares e universidades americanas também estão expostos, com investimentos na China que totalizam 7,6 mil milhões de dólares. Andrew King, director executivo do grupo Future Union, que analisou os números, afirmou:
“A ameaça que a China representa para a segurança nacional dos Estados Unidos é clara, mas os gestores das pensões dos nossos reformados e das dotações das nossas universidades continuam a fingir ignorância e a evitar prestar contas, prejudicando os interesses nacionais dos Estados Unidos. Isso deve acabar agora”.
Apesar ser constantemente tratado com desprezo por Pequim, o regime de Biden opôs-se sistematicamente ao desinvestimento na China, mesmo depois da pandemia do vírus de Wuhan ter exposto a perigosa e excessiva dependência da economia americana em relação ao seu adversário asiático.
Congresso: Os americanos estão a “financiar involuntariamente” empresas chinesas listadas como uma ameaça à segurança dos EUA.
Um comité restrito do Congresso está a investigar a BlackRock, a maior gestora de activos do mundo, e a MSCI, um dos maiores fornecedores de fundos de índices, para determinar se estão a investir as poupanças dos americanos em empresas chinesas que constam da lista negra do governo dos EUA por questões de segurança e direitos humanos.
O Comité Restrito sobre o Partido Comunista Chinês da Câmara dos Representantes dos EUA enviou, em Agosto deste ano, cartas ao director executivo da BlackRock, Larry Fink, e ao diretor executivo da MSCI, Henry Fernandez, notificando ambas as partes de que está a investigar os seus investimentos em determinadas empresas chinesas.
O presidente da comissão, o deputado republicano Mike Gallagher, do Wisconsin, e o seu membro principal, o deputado Raja Krishnamoorthi, um democrata do Illinois, escreveram:
“A nossa análise demonstrou que, como resultado directo das decisões tomadas pela MSCI, os americanos estão agora a financiar involuntariamente empresas da República Popular da China que desenvolvem e constroem armas para o Exército Popular de Libertação – as forças armadas da RPC – e que promovem a missão declarada de supremacia tecnológica do Partido Comunista Chinês. Ao enviarem enormes quantidades de dinheiro americano para empresas ligadas aos militares chineses e aos abusos dos direitos humanos, a BlackRock e a MSCI estão a exacerbar uma ameaça já significativa à segurança nacional e a minar os valores americanos”.
O Comité afirmou ter descoberto que a BlackRock investiu mais de 429 milhões de dólares em cinco fundos em empresas chinesas que “actuam directamente contra os interesses dos Estados Unidos”, e identificou pelo menos 40 empresas cotadas nos índices MSCI que constam das listas governamentais de “bandeira vermelha”.
A BlackRock respondeu a estas suspeitas, num comunicado à imprensa, em que lemos:
“A maioria dos investimentos dos nossos clientes na China é feita através de fundos de índice e somos um dos 16 gestores de activos que oferecem actualmente fundos de índice dos EUA que investem em empresas chinesas. Como em todos os investimentos na China e nos mercados de todo o mundo, a BlackRock cumpre todas as leis aplicáveis do governo dos EUA. Continuaremos a colaborar directamente com o Comité Restrito sobre as questões levantadas”.
A MSCI também garantiu entretanto que cumpre todas as leis dos EUA e que está actualmente a analisar o pedido de informação da comissão do Congresso.
Mas é claro que se trata aqui da repetição de um velho lema de Wall Street: em nome da ganância vale tudo, até financiar o inimigo.
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