Matthew Graves, procurador dos EUA em Washington, disse que o o Departamento de Justiça vai agora visar milhares de americanos que se manifestaram nas imediações do Capitólio a 6 de Janeiro de 2021 – mas que não entraram no edifício.
O procurador, nomeado por Joe Biden, deu na quinta-feira passada uma conferência de imprensa, a propósito do terceiro aniversário do motim de 6 de janeiro no Capitólio.
Graves começou por agradecer as denúncias da sociedade civil, que ajudaram o FBI a identificar e perseguir os manifestantes que integravam “uma multidão violenta que atacou o nosso Capitólio”, o que já é deveras sinistro, mas prosseguiu de forma ainda mais pidesca, sugerindo que o departamento de Justiça vai começar agora a perseguir milhares de americanos que nem sequer entraram no edifício:
“Uma nota importante sobre aqueles que permaneceram fora do edifício. Utilizámos o nosso poder discricionário de acusação e concentrámo-nos principalmente naqueles que entraram no edifício, ou seja, naqueles que se envolveram em condutas violentas nos terrenos do Capitólio. Mas, se uma pessoa entrou conscientemente numa área restrita sem autorização, cometeu um crime federal. Não se enganem, milhares de pessoas ocuparam a área em que não estavam autorizadas a estar presentes.”
DC U.S. Attorney Matthew Graves is making clear that the DOJ is now going to target Americans who were around the Capitol on J6 but did not enter the building pic.twitter.com/bj4i3QfHe9
— ALX 🇺🇸 (@alx) January 6, 2024
Um dia depois da conferência de imprensa de Matthew Graves, Joe Biden gabou-se de ter perseguido, por razões políticas, milhares de cidadãos, e encarcerado centenas, num total de penas acumuladas de 840 anos de prisão (!).
“Desde aquele dia, mais de 1.200 pessoas foram acusadas de assaltar o Capitólio. Mais de 900 foram condenadas ou declararam-se culpadas. Colectivamente, até à data, foram condenadas a mais de 840 anos de prisão”.
O Contracultura já tinha noticiado, em Novembro do ano passado, que o Departamento de Justiça do regime Biden começou a instaurar processos criminais a apoiantes de Trump que nem sequer entraram no Capitólio, manifestando-se nas imediações do edifício e de acordo com a autorização concedida pelas autoridades de Washington. Mas agora a intenção persecutória foi tornada pública.
A esmagadora maioria dos manifestantes de 6 de Janeiro passearam pacificamente pelo Capitólio depois de terem sido instigados por agentes infiltrados do FBI e conduzidos ao interior do edifício pela polícia, mas mesmo assim foram presos e acusados pelo corrupto Departamento de Justiça de Biden.
Registos em vídeo mostram claramente que a polícia do Capitólio moveu barricadas e abriu portas trancadas, permitindo o acesso dos manifestantes. Há até registos vídeo em que manifestantes que foram acusados, condenados e presos são acompanhados no interior do recinto tranquilamente pela polícia, que não os impede de circular por todo o lado e chega ao ponto de lhes abrir as portas para os diversos hemiciclos do edifício.
Apenas dois dias após a conferência de imprensa de Matthew Graves, o FBI prendeu mais três manifestantes de 6 de Janeiro, numa rusga antes do amanhecer, três anos depois da ocorrência.
A época de caça aos manifestantes de 6 de Janeiro não parece ter fim. Tratados como terroristas e condenados a penas que chegam a exceder os 20 de prisão, são os alvos prioritários do regime Biden. Com a cumplicidade dos líderes do Partido Republicano.
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