Um ataque no centro de Paris custou a vida de uma pessoa e deixou outra ferida, informaram as autoridades na noite de Sábado. O ataque ocorreu numa rua na área de Quai de Grenelle, quando Arman Rajabpour-Miyandoab gritou “Allahu Akbar!” e agrediu alguns transeuntes.

De acordo com o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, o suspeito já foi detido pelas autoridades policiais. Darmanin também afirmou que o terrorista foi ferido e está hospitalizado. Na sequência do incidente, o Ministro do Interior aconselhou o público a manter-se afastado do distrito de Quai de Grenelle enquanto as autoridades conduziam a sua investigação.

 

 

O agressor declarou apoio ao ISIS, foi preso em 2016 por terrorismo, e libertado em 2020.

Rajabpour-Miyandoab foi preso por crimes relacionados com terrorismo em 2016 e esteve em contacto com vários outros terroristas islâmicos, segundo relatos da imprensa francesa.

O assassino de 26 anos é “francês” de ascendência iraniana e já tinha sido preso por planear um ataque terrorista no distrito comercial de La Defense, em Paris, em 2016. Recebeu na altura uma sentença de quatro anos e após a libertação foi viver com os pais.

O terrorista divulgou um vídeo pouco antes do ataque no qual se declarava apoiante do ISIS e jurava lealdade ao califa Abu Hafs, líder da facção terrorista “Estado Islâmico”. Rajabpour-Miyandoab confessou ter lançado o ataque para “vingar os muçulmanos” e disse que não poderia assistir a “árabes a serem mortos no Afeganistão e na Palestina”.

O Ministro do Interior francês, Gerald Darmian, disse à imprensa:

“Ele é conhecido dos serviços de inteligência e justiça… Já tinha pensado em realizar acções violentas, mas foi preso antes de poder fazê-lo”.

Sim, e libertado para o poder fazer.

Gerald Darmian prosseguiu com a desculpabilização do criminoso:

“Ele está a ser acompanhado como uma pessoa com transtornos psiquiátricos muito significativos. E também estava sob tratamento psiquiátrico e neurológico”.

Pelos vistos não estava a ser acompanhado tanto como isso, o coitadinho do terrorista.

Antes da sua prisão, Rajabpour-Miyandoab teria estado em contacto com combatentes jihadistas que viajaram para a Síria para lutar pelo ISIS. Terá também comunicado com Abdoullakh Anzorov, responsável pela decapitação do professor francês Samuel Paty em 2020.

Ainda assim, os serviços de inteligência e as forças de segurança francesas acharam por bem deixá-lo em liberdade e isento de qualquer vigilância, para que o desastre à espera de acontecer acontecesse de facto.