Uma cidade belga cancelou um evento de Natal em que estava prevista a presença de uma “Pai Natal” negra que iria reeducar os participantes e os seus filhos sobre a “ideologia colonial” e as “gerações de flamengos racistas”.

O Telegraph reporta que as pessoas em Ghent pressionaram o presidente da câmara para cancelar a aparição de uma tal Rainha Nikkolah, personagem criada pela “artista” Laura Nsengiyumva, que teria “reelaborado” as fábulas de Natal à luz da Teoria da Crítica Racial para as crianças presentes no evento.

A notícia afirma que a personagem iria apresentar-se vestida com as cores da bandeira palestiniana (!) enquanto distribuía presentes aos infantes.

Antes do evento, que estava previsto para hoje, quarta-feira, a Rainha Nikkolah anunciou:

“Sonho com uma Bélgica liberta da ideologia colonial e com uma sociedade sem discriminação”.

Nadia Sminate, vice-presidente do Parlamento belga, advertiu que

“a iniciativa da Rainha Nikkolah está, na realidade, a dizer que gerações inteiras de flamengos são racistas”.

A sério? Ninguém diria…

Mathias de Clercq, membro do Partido Liberal Flamengo, teve nitidamente um ataque de bom senso, raro nos liberais da actualidade, e disse a propósito:

“Não há nada de errado com o Pai Natal, tal como o conhecemos. Não devemos tentar transformá-lo noutra coisa”.

O Telegraph refere ainda que os manifestantes “anti-racistas”, tanto na Bélgica como nos Países Baixos, estão a fazer campanha para pôr fim às celebrações tradicionais do dia de São Nicolau, a 6 de dezembro, que normalmente incluem o Pai Natal acompanhado pelo “Zwarte Piet” (literalmente, “Pedro negro”), um rapaz de rosto escuro, cabelo encaracolado e grandes lábios vermelhos pintados.

Nos Países Baixos, essas celebrações têm sido canceladas nos últimos anos, mas Geert Wilders, o populista que ganhou recentemente as eleições legislativas e está perto de formar um governo de coligação, prometeu trazer de volta a tradição no seu manifesto.