A Comissão Europeia revelou os seus planos para resolver uma suposta “escassez de mão de obra”, permitindo que milhões de migrantes do terceiro mundo entrem (ainda) mais facilmente no continente, a curto prazo.

A decisão, anunciada pela Comissão na quarta-feira passada, aumentará a “mobilidade organizada para a Europa”, estabelecendo um quadro em três fases que regerá o processo de migração.

O primeiro passo é a criação de uma “reserva de talentos” online, onde os países podem anunciar vagas para candidatos a emprego não europeus.Porque, aparentemente, os europeus nativos são demasiado estúpidos ou ineptos para realizar tarefas profissionais mais complexas e exigentes.

Em segundo lugar, a União quer incentivar os Estados-Membros a eliminarem a burocracia, reduzindo os tempos de verificação e de espera para acelerar o processo de obtenção de um visto. Isto quando todos os anos milhões de imigrantes ilegais entram no perímetro europeu com notável rapidez.

Em terceiro lugar, alargar as iniciativas de “mobilidade dos aprendentes” a todos os tipos de ensino e não apenas às universidades fora do continente. A UE já tem as chamadas “parcerias de formação” com Marrocos, Tunísia, Egipto, Bangladesh e Paquistão, e espera-se que surjam mais nos próximos anos.

A Comissária Europeia responsável pelo projecto, Ylva Johansson, sugeriu que o quadro de cooperação deverá acrescentar pelo menos sete milhões de pessoas ao velho continente até 2030, sendo os Estados-Membros livres de decidir se querem ou não participar no sistema.

Como são livres de receber ou não os imigrantes ilegais e refugiados que chegam à Europa em quantidades monumentais… Ou seja, os países que são livres para decidir que não querem receber esses migrantes têm que pagar por essa liberdade.

A UE “gostaria de convidar o maior número possível de migrantes, desde que correspondam às vacinas do sistema”, explicou o Vice-Presidente da Comissão Margaritis Schinas aquando do anúncio do programa. A analogia da vacinação está, em definitivo, enraizada na mente dos burocratas de Bruxelas.

Schinas afirmou ainda que esta política constitui um “forte, se não o mais forte, desincentivo à migração irregular”, acrescentando que a única forma de reduzir a imigração ilegal é facilitar a migração legal, o que é é totalmente falso, porque a melhor forma de combater a imigração ilegal é deportar os imigrantes ilegais, como é óbvio.

A verdade é que esta iniciativa, num contexto em que os políticos israelitas estão a pressionar a Europa para que aceite centenas de milhares de refugiados que fogem do actual conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza e em que até Olaf Scholz já afirmou que a imigração para a Europa atingiu níveis insustentáveis é, no mínimo, desadequada à realidade sociológica e económica da Europa; e, no máximo, distópica.