Douglass Mackey, o homem que publicou um meme satirizando a campanha de Hillary Clinton antes das eleições de 2016, foi condenado na quarta-feira a sete meses de prisão pelo crime de “conspiração contra direitos”, ou seja, neste caso, interferência eleitoral. A sentença de Mackey não tem precedentes. Significa que a América é agora um lugar que coloca cidadãos na prisão por publicarem informações desfavoráveis à esquerda, incluindo a sátira, uma forma de discurso protegida pela Primeira Emenda.
Mackey vai para a prisão por postar um anúncio falso de Hillary Clinton antes da eleição de 2016, dizendo aos eleitores para “votarem em casa”, enviando uma mensagem de texto “’Hillary’ para 59925”.
Here is Douglass Mackey’s tweet from the 2016 election that just got him 7 months in jail vs another tweet from a liberal activist during the same time that didn’t get her 7 months in jail. https://t.co/1g7ADnD4g7 pic.twitter.com/BenA34PwHr
— Greg Price (@greg_price11) October 18, 2023
Como é manifesto no tweet em cima, os liberais também postaram memes deste género. Mas ninguém da ala esquerda foi parar a tribunal, quanto mais à prisão.
Seja como for, qualquer pessoa com um cérebro funcional – especialmente antes da Covid, quando a votação era feita pessoalmente – sabia que votar por texto era ridículo. O meme postado na agora suspensa conta do Twitter de Mackey era claramente uma piada, e ninguém parece ter sido tolo o suficiente para votar em Hillary por meio do número de telefone fornecido. Nenhum destes factos, porém, impediu os federais de perseguirem Mackey.
Até Elon Musk comentou a abominável decisão do tribunal.
That had no material impact on the election.
What prison sentences were given out to those who suppressed the Hunter Biden laptop information? That *did* have a material impact on the election.
— Elon Musk (@elonmusk) October 18, 2023
Ironicamente, o meme de Mackey parodiava precisamente a interferência eleitoral dos democratas. A campanha de Clinton teria adorado que os votos pudessem ser expressos através de texto, tal como fariam todos os democratas que insistem persistentemente no desmantelamento das regras e regulamentos de segurança eleitoral, como exigir que os indivíduos votem pessoalmente no dia das eleições ou sejam obrigados a mostrar um documento válido de identificação para votarem.
Ainda mais irónico é que os democratas no governo federal, os meios de comunicação social corporativos e as grandes empresas de tecnologia se envolveram, tanto em 2016 como em 2020, numa campanha de interferência eleitoral generalizada e real e empreenderam verdadeiras manobras de desinformação para aniquilar a integridade do voto, mas até agora não enfrentaram quaisquer consequências.
Por exemplo, nenhum dos agentes da história ficcional do conluio de Trump com a Rússia, fabricada pela campanha de Hillary Clinton e propagada pelos meios de comunicação social corporativos, foi acusado, muito menos encarcerado. Recordemos que os impostores do “russian hoax” usaram informações falsas e tácticas ilegais para minar a legitimidade da presidência de Donald Trump e literalmente tentar anular os resultados das eleições de 2016.
Não houve acusações contra o actual Secretário de Estado Antony Blinken ou contra as dezenas de co-conspiradores e ex-funcionários das agências de segurança americanas que, antes das eleições de 2020, alegaram falsamente que a história do New York Post sobre o portátil de Hunter Biden era de alguma forma desinformação russa.
Também não houve quaisquer acusações contra os gigantes Big Tech que suprimiram sistematicamente as reportagens sobre esse infame computador, que continham provas que implicavam o então candidato presidencial Joe Biden num esquema de corrupção monumental.
É importante notar que as sondagens após as eleições de 2020 indicaram que, se a história do laptop de Hunter Biden não tivesse sido suprimida, Joe Biden poderia não ter vencido as eleições de 2020.
O Departamento de Justiça (DOJ) nada fez em relação às várias organizações de esquerda financiadas por Mark Zuckerberg que alteraram as regras e regulamentos eleitorais antes das eleições de 2020 nos principais estados indecisos, a fim de ajudar eleitoralmente os democratas.
Também não houve acusações criminais contra funcionários do estado profundo, como aqueles que trabalham para a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura (CISA) do Departamento de Valores Mobiliários Internos, que, antes das eleições de 2020, suprimiram directamente vozes em grande parte conservadoras que criticavam a votação em massa por correio postal e as medidas draconianas implementadas a propósito da Covid. A censura de informações desfavoráveis à esquerda, que a CISA sabia serem verdadeiras, influenciou sem dúvida as eleições de 2020 a favor dos Democratas.
De acordo com denunciantes do Internal Revenue Service, funcionários do DOJ, como o procurador dos EUA de Delaware, David Weiss, frustraram uma investigação sobre os crimes fiscais de Hunter Biden antes das eleições de 2020. Se for verdade, esta obstrução encobriu ligações entre o então candidato presidencial democrata, Joe Biden, e as negociatas delirantes do seu filho, antes das eleições.
A interferência eleitoral é de facto predominante nos EUA, mas não é perpetrada por mestres do meme. O governo federal, incluindo o próprio DOJ, em parceria com o seu departamento de relações públicas a que chamam comunicação social e com os oligarcas das Big Tech, está a aniquilar a integridade eleitoral e a censurar os conservadores na praça pública digital para garantir que os democratas ganhem as eleições.
A sentença de Mackey é emblemática da pressão do DOJ de Biden para criminalizar todos os oponentes políticos da esquerda. O argumentário da acusação fala directamente sobre as implicações políticas do caso. Mackey só foi preso uma semana após a posse de Biden, numa desproporcionada operação do FBI, a 27 de janeiro de 2021. A decisão de tentar prendê-lo não ocorreu até que o supostamente moderado procurador-geral Merrick Garland assumisse o controlo do Departamento de Justiça.
Mackey é apenas um dos muitos inimigos do regime Biden. A ele se juntam inúmeros manifestantes pacíficos pró-vida, católicos tradicionalistas, o principal oponente político da Casa Branca, Donald Trump e todos os seus potenciais eleitores. Trump não só enfrenta uma vida inteira na prisão graças às acusações apresentadas pelo DOJ de Biden, mas uma juíza federal que supervisiona um dos casos do ex-presidente emitiu uma ordem de silêncio proibindo-o de criticar os seus procuradores durante a campanha. Se inibir desta forma grosseira e virulenta a campanha de um candidato presidencial não é interferência eleitoral descarada, o que é que será?
Tal como um país do terceiro mundo, a América é agora um lugar onde políticos e burocratas não eleitos usam o poder do Estado para destruir os seus oponentes políticos. Qualquer cidadão americano que pensa que vive em democracia ou é retardado ou votou em Biden (na maior parte destes casos, deu-se a conjunção dos dois factores).
A acusação e a sentença de Mackey constituem um exercício de poder destinado a enviar uma mensagem: haverá punição severa para quem ousar desviar-se da ortodoxia neo-liberal ou criticar o estado profundo – mesmo que seja através do humor.
República das Bananas.
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