Dan Crenshaw, um dos entusiastas da guerra no Capitólio

 

Na sequência do mortífero ataque coordenado contra civis inocentes em Gaza pelos terroristas do Hamas, os falcões americanos iniciaram o seu habitual impulso belicista, procurando envolver novamente a América na tragédia do Médio Oriente.

O senador do Partido Republicano Lindsey Graham (R-SC), grão mestre da ordem belicosa, foi o primeiro da fila, ameaçando o Irão que, se houver uma intensificação das hostilidades envolvendo o Hezbollah, os EUA vão entrar no conflito.

 

 

Graham acrescentou que, se o Hezbollah e outros representantes iranianos tentarem atacar os sistemas de defesa israelitas, os Estados Unidos devem atacar imediatamente as refinarias de petróleo iranianas e as infra-estruturas petrolíferas, “que são a força vital da economia iraniana”.

O senador continuou no seu tom fanfarrão e irresponsável:

“Já é tempo do Estado terrorista iraniano pagar um preço por toda a perturbação e destruição que está a ser semeada na região e no mundo.”

 

 

A ex-embaixadora da ONU e actual candidata às primárias do Partido Republicano, Nikki Haley, não quis ficar atrás na histeria e declarou, falsamente, que o Hamas atacou a América:

 

 

O congressista Dan Crenshaw (R-TX), que nunca perde uma oportunidade para justificar os dólares que recebe do complexo industrial e militar americano, acha que este é o momento de fazer “a guerra que vai acabar com todas as guerras”. A expressão provém da retórica usada pelos aliados no início da Primeira Grande Guerra, cujo desfecho levou à Segunda Grande Guerra. Neste caso, a ironia escreve-se sozinha.

 

 

Como no que respeita à vontade de fazer a guerra, republicanos (com algumas, poucas, excepções) e democratas estão geralmente de acordo, o infantil Secretário de Estado do regime Biden, Antony Blinken, declarou no Domingo que o Irão tem financiado consistentemente o terrorismo e grupos como o Hamas. A afirmação, se bem que verdadeira, não deixa de ser risível, dado que a Administração Biden acabou de fornecer ao regime iraniano a módica quantia de 6 mil milhões de dólares.

 

 

Com o apoio do unipartido americano e da propaganda da imprensa ocidental, é só uma questão de tempo até Israel atacar o Irão.

 

 

E considerando que o Irão é uma potência regional, que tem aliados perigosos não só na Médio Oriente como na Ásia e em África, e que a reacção da Rússia e da China a um conflito desta natureza é imprevisível, escusado será dizer que tudo isto pode levar a uma guerra mundial, se bem que as dúvidas da capacidade dos EUA em particular e do Ocidente em geral para a ganhar tenham mais que muitas razões de ser.

 

 

A comunicação social corporativa mal pode esperar pelo armagedão.

 

 

Ainda assim, no meio do ruído e da sede de sangue, podemos ainda encontrar quem esteja a pensar com os neurónios todos. Charlie Kirk, por exemplo, faz uma observação pertinente.

 

 

Tucker Carlson, que está sempre do lado certo da barricada, aproveita para perguntar à sua enorme audiência se, independentemente dos horrores do Hamas e do que se possa pensar sobre a política de Israel em relação à faixa de Gaza, uma guerra com o Irão é do interesse dos Estados Unidos.

 

 

E Paul Joseph Watson, que é o melhor amigo que o ContraCultura podia ter, diz tudo o que é preciso dizer sobre o assunto: que por muito que nos choquem as inomináveis barbaridades do Hamas e por muito que possamos rejeitar o medieval regime de Teerão, os interesses dos europeus e dos americanos não coincidem, de todo, com os interesses israelitas. O regime de Nethanyau sabe disso muito bem. Mas as elites globalistas que nos governam, por ingenuidade ou malícia, preferem ignorar os factos.

 

 

E para fechar o argumento com a eloquência possível, o Contra destaca um detalhe que roubou a este lúcido clip.