Os EUA e os seus aliados causarão mais problemas no futuro, à medida que insistem na ideia de um mundo unipolar que lhes permite explorar outras nações, previu o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov.
Num discurso proferido este mês, o alto funcionário russo diagnosticou que a actual política externa ocidental
“Visa abrandar o progresso da história e resultará em novos confrontos, novas dificuldades para a comunidade internacional. Caberá aos diplomatas desvendar essas situações”.
Lavrov falava aos estudantes da MGIMO, uma importante universidade russa onde o Ministério dos Negócios Estrangeiros recruta muitos dos seus funcionários.
Enquanto abordava a situação actual dos assuntos mundiais e informava os estudantes presentes sobre o que poderiam esperar da carreira diplomática, o ministro reiterou a posição de Moscovo de que as nações ocidentais são uma grande fonte de instabilidade, alegando que
“querem governar literalmente o mundo, impor a sua ordem mundial unipolar e continuar a extrair tributos da humanidade”.
Nações, incluindo a Rússia, que se opõem a essa ambição estão a procurar uma nova ordem mundial, multipolar e mais justa, cuja transição será inevitável, mais cedo ou mais tarde, segundo Lavrov. As nações ocidentais estão a “criar obstáculos” a esse objectivo, mas ao fazê-lo minam o seu próprio poder.
“Não é que queiramos arruinar o dólar. Os EUA já o fizeram porque não se certificaram de que podem desempenhar o papel que costumava ser adequado para todos. O uso de sanções financeiras por parte de Washington tornou o dólar pouco confiável como moeda de reserva mundial, por isso, naturalmente, muitos estão a afastar-se dele.”
A Rússia resistiu com sucesso à pressão ocidental até agora e não espera que as relações melhorem tão cedo, de acordo com a opinião do principal diplomata russo. Mesmo que o outro lado procurasse uma melhoria, a Rússia não comprometeria nenhum aspecto da sua segurança ao confiar nos EUA e nos seus aliados.
“As nações ocidentais demonstraram repetidamente a sua duplicidade”.
Até porque,
“Nenhum acordo principal selado [pela Rússia] com o Ocidente desde 1991 foi executado, nenhum”.
Lavrov rejeitou a noção de que Moscovo estava de alguma forma “isolada” no actual impasse.
“Nações que representam cerca de 80% da população mundial não apoiam sanções à Rússia e considerar a opinião dessas pessoas irrelevante é um insulto à comunidade internacional.”
Não é por acaso que o Ministro dos Negócios Estrangeiros Russo é conhecido pela assertividade do seu discurso. Neste caso, está carregado de razão. Mas há muitos outros exemplos. O preferido pelo Contracultura é este:
“Já vi negros actuarem nas comédias de Shakespeare. Só não sei quando vou ver um branco no papel de Otelo. Tudo isto é um absurdo e o politicamente correcto levado ao absurdo não vai acabar bem.”
Pois não, não vai acabar bem. Lamentavelmente, não está a acabar depressa.
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