Como Rishi Sunak, Klaus Schwab ou Bill Gates, tudo gente que ninguém elegeu para coisa alguma, a insuportável comissária europeia, em que também ninguém votou, proclamou audaciosamente que o nosso futuro colectivo é digital. Ela é que sabe. Ela é que manda. E é assim.

Com um apelo sinistro para uma maior colaboração e centralização global, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa sessão da Cimeira do G20, apelou a um organismo regulador internacional para a Inteligência Artificial e sistemas de identificação digital semelhantes aos passaportes de vacinas contra o coronavírus.

 

 

Sem ter recolhido um voto que fosse das massas que pretende fascizar, Von der Leyen decidiu que as massas vão ser digitalmente fascizadas, daí a necessidade implícita de que as entidades globais tracem metas, criem legislação e apliquem regulamentos.

Von der Leyen abordou a IA e o panorama digital no seu discurso. Reconhecendo os perigos potenciais e as “enormes oportunidades” associadas ao avanço das tecnologias de IA, sublinhou a importância de canalizar esta tecnologia explosiva para os seus objectivos autoritários..

“Hoje quero centrar-me na IA e nas infra-estruturas digitais. Como já foi descrito, a IA tem riscos, mas também oferece enormes oportunidades. A questão crucial é saber como tirar partido de uma tecnologia em rápida evolução. Na UE, em 2020, apresentámos a primeira lei de sempre sobre inteligência artificial. Queremos facilitar a inovação e, ao mesmo tempo, criar confiança. Mas precisamos de mais. O que o mundo faz agora irá moldar o nosso futuro. Acredito que a Europa – e os seus parceiros – devem desenvolver um novo quadro global para os riscos da IA”.

A comissária elogiou a introdução pela União Europeia do primeiro quadro jurídico sobre a IA, um passo dado com a intenção de promover a “inovação e a confiança”. No entanto,  insistiu que isso não é suficiente e sugeriu a adopção internacional de um mecanismo de gestão de riscos de IA.

A chefe da UE sublinhou ainda que devem ser criadas normas globalmente aceites sob a alçada das Nações Unidas, à semelhança do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas. De acordo com von der Leyen, a humanidade beneficiaria com a criação de uma autoridade internacional que clarificasse os riscos e as vantagens da IA, à semelhança do IPCC para as questões climáticas. E está tudo dito sobre o pensamento disfuncional desta horrível personagem: aplicar os princípios fraudulentos do IPCC à inteligência artificial será por certo uma maneira de transformar estas tecnologias em ferramentas distópicas ao dispor das elites para controlo do discurso e da criatividade humanas.

Ao mesmo tempo, a comissária defendeu o conceito de infraestrutura pública digital semelhante ao sistema de passaporte para o coronavírus – um sistema orwelliano desenvolvido pela UE como resposta à pandemia:

“Muitos de vós estão familiarizados com o certificado digital COVID-19. A UE desenvolveu-o para si própria. O modelo era tão funcional e tão fiável que 51 países de 4 continentes o adoptaram gratuitamente. Actualmente, a OMS utiliza-o como uma norma global para facilitar a mobilidade em tempos de ameaças à saúde”

Só mesmo esta mulher para se orgulhar de um sistema digital que criou cidadãos de primeira e segunda classe por todo o continente europeu.

De forma alarmante, von der Leyen elogiou ainda os avanços da UE no sentido da aplicação de um sistema de identidade digital em todo o bloco, capaz de armazenar as informações pessoais dos cidadãos, incluindo dados de cartões de crédito, cartas de condução e passaportes.

Só mesmo quem não valoriza a liberdade e a privacidade é que não fica arrepiado com esta última frase.