Se não é bizarro será no mínimo estranho: por que é que não temos habitação condigna a preços acessíveis para a população portuguesa e abrimos as fronteiras a 175.000 migrantes?
São estas pequenas questões que os portugueses deveriam fazer, para entender que não é possível seguir a Agenda 20/30 do Fórum Económico Mundial (uma elite não eleita que controla os governos ocidentais) e o interesse real da qualidade de vida das populações.
Ao enviar uma carta a Bruxelas sobre o assunto da habitação, António Costa só demonstra o quão desesperado está por cumprir a agenda globalista, e desta forma, volta a pedinchar para tentar enganar o povo português e seguir os planos do senhor Schwab.
A distopia social que está a ser criada, com a desculpa que precisamos de mão de obra para determinadas áreas profissionais, seja na agricultura, seja no turismo ou na hotelaria, está a fazer com que estejamos a importar migrantes desqualificados para dentro de uma sociedade que não lhes pode dar condições condignas de vida, nem de trabalho e principalmente de habitação. E no sentido inverso, estamos a “exportar” mão de obra qualificada, para países mais desenvolvidos, porque os jovens não arranjam empregos com uma remuneração justa, que lhes permita pagar as despesas básicas no nosso país. Caminhamos a passos largos para uma “venezuelização de Portugal”.
Se não temos casas a preços acessíveis para os portugueses, como vamos ter para os migrantes? Algo não bate certo.
O povo português acha que ser pedinte é uma forma de vida? Não é vergonhoso o facto de termos passado, em 100 anos, de uma potência mundial para um país da cauda da Europa? Ninguém dá nada a ninguém e este hábito de pedinchar por dinheiro fácil tem de acabar ou quando a Europa entrar em implosão nós vamos ser os primeiros a implodir.
Registem: o Plano de Recuperação e Resiliência não é uma coisa boa; não há almoços grátis.
Se estivermos atentos, verificamos que o Sr. António Costa promete há 8 anos tudo e um par de botas, relativamente à habitação, nomeadamente residências universitárias e até habitações condignas para os mais carenciados.
Com políticas de interferência direta no mercado, como o Alojamento Local, que acabou por destruir dois mercados (o de alojamento e o de arrendamento), com promessas de congelamento de rendas, com promessas de construção de novas habitações de cariz social, o estado não começa as casas pelos alicerces, querendo somente fazer como fez sempre: Propaganda nos órgãos de comunicação social, sempre paga com o erário público.
Se o estado quer interferir nas políticas de habitação de forma sustentada e para um plano a 4 anos, tem que o fazer com políticas programadas, assentes no crescimento sustentado e de forma consistente. O estado tem que deixar de cobrar impostos à construção e em troca tem que exigir a quem constrói habitações para aquisição ou aluguer a custos controlados, de forma proporcional. As autarquias deveriam assumir este controlo, ao invés de fazerem negócios com os PRR, pedir empréstimos bancários, adquirir fogos para habitação social e construir autênticos guetos, denominados “bairros sociais”.
Para fácil entendimento: as construtoras ao edificarem 100 fogos, ao invés de pagarem licenças de construção às autarquias, cederiam por exemplo 20% da construção. E esses 20% seriam colocados no mercado a custo controlado, para habitação jovem, ou no caso de lotes, aquisição com apoio à construção, onde seriam estabelecidas regras bem definidas na cedência dos imóveis, e na forma de gestão de processos autárquicos nesses concursos de cedência aos programas de habitação jovem ou de custo controlado.
O estado tem de fazer regulação administrativa e controle do mercado. O estado NÃO PODE SER INTERVENIENTE NO MERCADO. Desta forma, elimina-se a corrupção entre construtoras e autarquias, aceleram-se os processos autárquicos de licenciamento e acaba-se com a promiscuidade dos empréstimos bancários entre autarquias, construtoras e bancos.
Possivelmente, António Costa e a sua maioria governamental, com uma ministra experiente, que sobre habitação o que deve conhecer é a escritura da sua própria casa, poderão mais uma vez ter sucesso ao “pedinchar a Bruxelas”, medidas repetidas desde os tempos do Sr. Cavaco, e possivelmente sairá vitorioso, mais uma vez, nas suas acções de propaganda na imprensa corporativa, paga com os nossos impostos. Mas mais à frente, que sacrifícios serão pedidos aos portugueses que já pagam o dobro das prestações da casa, que lutaram uma vida para ter habitação? Mais impostos, para recebermos bem os imigrantes que vêm apanhar morangos, enquanto exportamos os nossos filhos para outros países mais desenvolvidos.
Um ciclo vicioso para desabitar Portugal dos portugueses e sobretaxar os que cá ficam.
NUNO PEREIRA
Nuno Matos Pereira é licenciado em Sistemas de Informação e Multimédia, com PG em CID e ESP. SEO.
Faz análise política e estudos sobre políticas globalistas e agenda 20/30.
É coordenador distrital do partido Alternativa Democrática Nacional (ADN).
Pode segui-lo no Twitter/X: @matospereiracom
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