A Biblioteca do Congresso dos EUA, a maior do mundo, emitiu na segunda-feira da semana passada um pedido público de desculpas via Twitter (agora renomeado “X”), por ter usado “pronomes incorretos” para descrever um autora “não-binária” que realizou uma sessão de autógrafos na instituição financiada pelos contribuintes americanos.

A instituição cultural mais antiga da federação postou isto:

“Pedimos desculpas a Casey McQuiston por termos usado pronomes incorretos no nosso último post”.

 

 

O post ofensivo em causa foi aparentemente apagado, pois já nem aparece no feed do Twitter da biblioteca.

A Biblioteca do Congresso organizou uma sessão de autógrafos para McQuiston, que se auto-identifica como queer e “não-binária”, de forma a celebrar a adaptação da Amazon Prime do livro “Red, White, and Royal Blue” e adicionou formalmente o romance à sua coleção LGBTQ+. O livro conta a história de uma rixa entre um príncipe britânico e o filho do presidente dos Estados Unidos, que se transforma num romance homossexual.

Os seguidores da célebre instituição cultural no Twitter criticaram a revisão gramatical ao serviço do politicamente correto, descrevendo o post como “embaraçoso” para os EUA e para os bibliotecários em particular e para a literacia em geral. Até contas anti-woke profissionais como o Libs of TikTok pareciam estar sem palavras para qualificar a idiotia, enquanto vários outros utilizadores perguntavam se a Biblioteca do Congresso não tinha assuntos mais urgentes para atender.

Em Setembro passado, a decisão da biblioteca de permitir que a estrela pop orgulhosamente obesa Lizzo tocasse uma flauta de cristal de 200 anos que pertencera ao pai fundador e quarto presidente dos Estados Unidos, James Madison, durante um espectáculo em Washington DC, também dividiu as opiniões do público. A cantora, uma flautista com formação clássica, gabou-se num tweet após espectáculo de que era

“A PRIMEIRA E ÚNICA PESSOA A TOCAR ESTA FLAUTA DE CRISTAL PRESIDENCIAL DE 200 ANOS”

A afirmação foi acompanhada por um vídeo em que a gordinha tocava o instrumento enquanto se rebolava numa obscena indumentária dourada.

 

 

Apesar de seu estatuto lendário – possui mais de 175 milhões de obras em mais de 470 idiomas – a Biblioteca do Congresso foi recentemente pressionada a seguir o exemplo do governo Biden e enfatizar a diversidade, a equidade e a inclusão.

Os resultados saltam à vista. Embora não sejam nada bonitos de se ver.