E-mails recém-divulgados pelo Facebook (agora conhecido como Meta) revelam que funcionários do regime Biden exerceram pressão significativa sobre o gigante tecnológico, de forma a censurar e reduzir o alcance de conteúdos dissidentes. Os executivos do Facebook de Mark Zuckerberg cederam frequentemente às exigências da Casa Branca, admitindo até em emails que tinham reduzido o alcance de um vídeo publicado por Tucker Carlson em 50%, em resposta a essas solicitações, mesmo apesar do post não violar qualquer política da empresa.

O Wall Street Journal reporta que, de acordo com e-mails recentemente divulgados da Meta, a administração Biden exerceu alta pressão sobre a empresa, possivelmente infringindo os direitos da Primeira Emenda dos americanos.

A empresa inicialmente resistiu à intimação do Comité Judiciário para revelar as comunicações internas sobre a pressão da Casa Branca. Essa resistência levou o Comité a agendar uma votação para acusar Mark Zuckerberg de desobediência ao Congresso, se a sua empresa não cumprisse com a intimação.

A ameaça do Congresso levou o Facebook a entregar os documentos exigidos. Esses documentos expõem a extensão da campanha de pressão do governo Biden contra a empresa para suprimir discussões sobre questões importantes que afectavam na altura a vida dos americanos.

As comunicações internas, que incluem e-mails de executivos de topo do Facebook, esclarecem como a empresa geriu as publicações dos utilizadores sobre as origens da pandemia. Nick Clegg, presidente de assuntos globais da empresa, perguntou aos colegas num e-mail de julho de 2021:

“Alguém me pode lembrar rapidamente por que é que removemos alegações de que a Covid foi feita pelo homem?”

Em resposta, um vice-presidente do Facebook encarregado das políticas de gestão de conteúdos, afirmou:

“Estávamos sob pressão do governo e de outros para fazer mais. Não deveríamos ter feito isso.”

Num caso impressionante, a Casa Branca quis saber por que o Facebook não excluiu um clip do programa Tucker Carlson Tonight,  de acordo com os e-mails. O Facebook respondeu que estava

“pronto para dizer à Casa Branca que havia reduzido o alcance do vídeo em 50%, embora o post não violasse nenhuma política”.

O congressista Jum Jordan também revelou que o Cirurgião-geral dos EUA interveio para perguntar por que o Facebook não havia censurado a chamada “dúzia de desinformação” – um grupo de contas que questionava a política oficial da Covid-19.

Jordan publicou os materiais num thread do Twitter:

 

 

Em Abril de 2021, um funcionário do Facebook enviou um e-mail para o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, e a directora de operações Sheryl Sandberg, advertindo:

“Enfrentamos pressão contínua de partes interessadas externas, incluindo a Casa Branca, para remover posts.”

Num outro e-mail da mesma altura, Nick Clegg, presidente de assuntos globais do Facebook, informou a sua equipa no Facebook que Andy Slavitt, um conselheiro sénior do presidente Biden, estava indignado por o Facebook não ter removido um post específico.

Quando Clegg “respondeu que a remoção de conteúdo como esse representaria uma incursão significativa nos limites tradicionais da liberdade de expressão nos EUA”, Slavitt desconsiderou o aviso, e os ditames constitucionais da Primeira Emenda.

O que aconteceu depois? O Facebook entrou em pânico. Num outro e-mail de Abril de 2021, Brian Rice, vice-presidente de políticas públicas do Facebook, levantou a preocupação de que a indignação de Slavitt deteriorasse as relações da empresa com a Casa Branca, nos primeiros meses do mandato de Joe Biden.

Para evitar reacções adversas dos poderes instituídos em Washington, Rice propunha uma revisão do comportamento da empresa:

“Dado o que está em jogo aqui, seria uma boa ideia reagrupar e fazer um balanço das nossas relações com a Casa Branca, e dos nossos métodos internos também.”

Jim Jordan registou a dificuldade em obter as informações do Facebook.

“Somente depois do Comité anunciar a sua intenção de acusar Mark Zuckerberg por desrespeito ao Congresso é que o Facebook apresentou os documentos internos solicitados, incluindo aqueles que provam que a pressão do governo foi directamente responsável pela censura no Facebook”.

A Casa Branca, no entanto, defendeu suas ações, afirmando que as directivas visavam promover a adopção das vacinas e outros objectivos de saúde pública. Sobre este assunto, a secretária de imprensa da casa branca, Karine Jean-Pierre, afirmou:

“Deixamos claro que acreditamos que as empresas de media social têm a responsabilidade crítica de levar em conta a influência das suas plataformas sobre o povo americano, ao mesmo tempo em que tomam decisões independentes sobre os conteúdos das suas plataformas”.

Ou seja: a Primeira Emenda de nada vale, quando é confrontada com uma gripe cuja taxa de mortalidade é de 0,3%.

Como o Contra já reportou, o Facebook é acusado de volumosas acções de censura em favor do Regime Biden: Segundo o próprio Zuckerberg, o FBI interferiu nas eleições presidenciais americanas, ao condicionar, sob falsos pretextos, a informação que circulava na plataforma. Em Outubro do ano passado, uma reportagem do New York Post revelou que o Facebook tem estado a espiar as mensagens privadas dos americanos e a reportá-las ao FBI, sem qualquer mandato legal e à revelia da lei constitucional da federação, quando estas expressam opiniões “anti-governamentais ou anti-autoridade”. Estranhamente e como o Wall Street Journal denunciou em Junho deste ano, o Instagram, propriedade da Meta, alberga redes de pedofilia, sem que sejam perturbadas pelos censores da empresa de Zuckerberg.