Três anos e meio depois do virús da Covid-19 ter escapado do Laboratório de Wuhan e matado milhões de pessoas em todo o mundo, o governo dos Estados Unidos retirou finalmente o financiamento ao Instituto de Virologia chinês, para o qual a administração Obama achou por bem transferir a investigação proibida de ganho de função, incluindo projectos para tornar o coronavírus dos morcegos mais transmissível entre seres humanos.
The Biden administration has halted the Wuhan Institute of Virology’s access to federal funding after the lab failed to provide documents about safety and security measures
This just happened…. now???
— zerohedge (@zerohedge) July 19, 2023
Esta reação mais que tardia não é de estranhar já que os Estados Unidos colocaram o mesmo homem envolvido no financiamento dessas perigosas pesquisas, Peter Daszak, à frente da primeira investigação oficial sobre a potencial fuga do vírus desse infame laboratório.
A razão declarada para a suspensão do financiamento? O laboratório não apresentou documentos relativos a medidas de proteção e segurança, de acordo com um memorando obtido pela Bloomberg. Porque se o fizesse, o financiamento americano não seria interrompido?
Na segunda-feira, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos notificou o Instituto de Virologia de Wuhan (IVW) da suspensão e informou o laboratório de que pretende torná-la permanentemente, na sequência de uma análise iniciada em Setembro passado, que concluiu que o laboratório não cumpre os regulamentos federais. A sério? Que surpreendente constatação.
A penalização do laboratório é a medida mais drástica que os EUA tomaram até agora por ausência de documentação sobre práticas de bio-segurança, no âmbito das investigações em curso sobre as origens da Covid-19. O instituto tornou-se, naturalmente, um ponto crítico nas discussões sobre o início da pandemia, que já matou cerca de 7 milhões de pessoas. Até o mafioso director do FBI, Christopher Wray, já manifestou suspeitas de que a praga teve origem neste sinistro laboratório.
Em 2014, os Institutos de Saúde americanos (NIH) atribuíram à EcoHealth Alliance e ao seu presidente Peter Daszak um subsídio para “compreender o risco da emergência de coronavírus em morcegos”. O Instituto de Virologia de Wuhan recebeu uma subvenção desse subsídio. A primeira parcela de 666.442 dólares da subvenção de 3,7 milhões de dólares dos NIH para a EcoHealth foi paga em junho de 2014, com prestações anuais semelhantes até Maio de 2019, no âmbito desse projecto.
De acordo com Josh Rogin, do Washington Post,
“O IVW participou abertamente em pesquisas de ganho de função em parceria com universidades e instituições dos EUA, durante anos sob a liderança da Dra. Shi ‘Batwoman’ Zhengli.”
A EcoHealth também canalizou fundos da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional para o IVW.
No início deste ano, o Gabinete de Inspeção Geral do Department of Health and Human Services realizou uma auditoria que determinou que os NIH e a EcoHealth Alliance não controlavam eficazmente os subsídios e as subvenções, limitando a sua capacidade de compreender a natureza da investigação realizada e de identificar áreas problemáticas.
O laboratório não poderá realizar qualquer negócio com os EUA como agente ou representante de outros, e a sua afiliação com qualquer organização que faça negócios com o governo federal também será cuidadosamente examinada.
No entanto, e como o ContraCultura já noticiou, o Regime Biden entregou este ano 2,3 milhões de dólares à EcoHealth para investigar vírus dos morcegos.
Why would NIH renew a $2 million grant to EcoHealth after they funded the Wuhan lab?? And why do friends at NIH tell me that Fauci has not retired as he suggested he would do? Is he still the highest paid employee in the govt? https://t.co/4wqLQMvdKN
— Marty Makary MD, MPH (@MartyMakary) May 9, 2023
Entretanto, o Sunday Times publicou o mês passado um artigo que revela que os Investigadores em Wuhan trabalharam com os militares chineses para criar coronavírus mutantes mais mortais do que aqueles que se encontram na natureza, na altura em que a pandemia Covid-19 começou. O Sunday Times analisou centenas de documentos, incluindo relatórios confidenciais, memorandos internos, artigos científicos e correspondência por correio electrónico que foram obtidos através de fontes ou por defensores da liberdade de informação nos três anos desde o início da pandemia.
Já este mês, ficámos a saber através de um documento divulgado pelo Congresso americano que Anthony Fauci sabia que estavam a ser realizadas pesquisas de ganho de função em Wuhan, antes da disseminação global da Covid-19. Apesar disso, mentiu, com quantos dentes tem, sobre a origem do vírus.
Ainda assim, a suspensão de subvenções financeiras americanas ao laboratório de Wuhan não é tranquilizadora por si só. O laboratório continua a funcionar, com o financiamento das autoridades chinesas e a desenvolver sabe-se lá que pragas mais. E deste lado do hemisfério, as coisas permanecem dentro do costumeiro índice esquizofrénico: em Outubro do ano passado, ficámos a saber que uma equipa de débeis mentais da Universidade de Boston criaram uma nova estirpe do vírus Covid muito mais perigosa, a partir de experiências “gain of function” semelhantes às que conduziram à morte de milhões em todo o mundo.
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