Nos Estados Desunidos da América é agora um risco enorme criticar o crime urbano. Jason Aldean decidiu compor uma música que convida os vândalos do movimento Black Lives Matter que destruíram, pilharam e incendiaram dezenas de grandes cidades nos EUA, durante o verão de 2020, e os gangues que infectam com actividade criminosa irredutível os centros metropolitanos das costas este e oeste da federação, a ensaiar essas mesmas acções numa das pequenas cidades do Midwest americano. Na canção, Jason Aldean garante-lhes que não vai ser tão fácil como parece. Resultado: é um porco racista, xenófobo supremacista, cão raivoso e homofóbico que deve ser silenciado de pronto.

 

 

Sucker punch somebody on a sidewalk
Carjack an old lady at a red light
Pull a gun on the owner of a liquor store
Ya think it’s cool, well, act a fool if ya like
Cuss out a cop, spit in his face
Stomp on the flag and light it up
Yeah, ya think you’re tough

Well, try that in a small town
See how far ya make it down the road
‘Round here, we take care of our own
You cross that line, it won’t take long
For you to find out, I recommend you don’t
Try that in a small town

Got a gun that my granddad gave me
They say one day they’re gonna round up
Well, that shit might fly in the city, good luck

Try that in a small town
See how far ya make it down the road
‘Round here, we take care of our own
You cross that line, it won’t take long
For you to find out, I recommend you don’t

Try that in a small town
Full of good ol’ boys, raised up right
If you’re looking for a fight
Try that in a small town
Try that in a small town 

Try that in a small town
See how far ya make it down the road
‘Round here, we take care of our own
You cross that line, it won’t take long
For you to find out, I recommend you don’t
Try that in a small town
Try that in a small town.

Jason Aldean . Try That In a Small Town

 

A premissa geral da música é que tumultos incendiários, motins destruidores, assaltos à mão armada, carjacking em larga escala e violência sobre velhinhos são coisas ruins que não serão permitidas em comunidades coesas, onde há princípios morais que vigoram e as pessoas civilizadas agem em sociedade de acordo com a lei e o respeito pela propriedade alheia.

Mas o significado da coisa foi quase instantaneamente distorcido pela costumeira turba radical de justiceiros sociais e detractores do livre arbítrio, que transformaram a mensagem de Aldean num apelo ao ‘linchamento’.

O rapaz, claro, está a ser completamente trucidado pela imprensa corporativa, pelas estrelinhas hollywoodescas do costume e até pela indústria da música Country. Porque denunciar a violência urbana nas grandes metrópoles americanas e o indiscriminado e incontrolado vandalismo do BLM é… puro racismo.

 

 

É afinal como sempre tem sido nestes últimos anos: o mal é o bem, a violência é a paz, o crime é a virtude, a verdade é a mentira, a legítima defesa é ilegítima e assim sucessivamente até ao caos irreparável de todas as coisas.