Cheops Pyramid . Elevação de 1646 metros localizada no parque natural do Grand Canyon, em Conconino County, Arizona, EUA.

 

The Why Files, outra vez no ContraCultura. Este canal serve à sua audiência informação preciosa, às toneladas e muito para além da cultura geral de cada um. Há toda uma fenomenologia de fazer cair o queixo que o senhor Gentile traz ao nosso conhecimento, todas as semanas, que é de boa rotina trazê-lo aqui, ao contacto com a gentil companhia que me faz, caro leitor, estimada leitora.

A assim sendo, aqui ficam dois episódios fundamentais e muito característicos deste Canal iniciático.

 

De marcas, mensagens e arrepios na espinha.

Um dos fenómenos mais intrigantes do imaginário OVNI são as “Crop Marks”, ilustrações abstractas, de carácter geométrico, que são gravadas em extensas áreas de cultivo agrícola por todo o mundo e com espantosa frequência. Também aqui, a fraude concorre com factos irredutíveis. Esta é aliás uma característica imanente em todos ou quase todos os eventos relacionados com objectos voadores não identificados.

Dá a sensação que há sempre gente disponível para criar ruído com falsos testemunhos e fabricação de factos de forma a descredibilizar muitas outras situações que na verdade não se adequam de todo às elaborações científicas ou às circunstâncias equívocas e que permanecem inexplicáveis.

E para destrinçar entre o que é fraudulento ou decorrente da acção humana e aquilo que, à luz do que sabemos, não tem explicação para além de constituir uma manifestação de inteligência extra-terrestre, ninguém neste momento oferece competição a Andrew Gentile.

Chamo a atenção para o minuto 10, quando Gentile fala da crop mark que foi gravada numa seara em 2001, em resposta à famosa mensagem enviada em 1974 pelo Radio-Telescópio Arecibo na direcção de um cluster de estrelas na constelação de Hércules, localizado a 25.000 anos luz da Terra.

A “Mensagem de Arecibo” foi pensada semântica e graficamente por uma equipa de cientistas, que incluía Carl Sagan, para funcionar como um universal cartão de visita da raça humana, na expectativa de pudesse chegar a outras entidades inteligentes no universo. Descrevendo a morfologia e a genética humana, a geografia local e sideral da Terra, a composição química dos elementos fundamentais à vida, entre outros detalhes, a mensagem – especularam alguns – poderia funcionar, muito para além das expectativas dos seus criadores, como um convite à caça, no caso de ser captada e descodificada por uma civilização predadora.

Aquela que ficou depois conhecida como a “Resposta de Arecibo”, gravada num campo agrícola anexo a outro radio-telescópio – o Chilbolt – é arrepiante. E não tem explicação racional ou científica que conduza à conclusão de se tratar de uma fraude ou de qualquer fenómeno natural, como é óbvio pelas imagens inclusas em mais um muito competente episódio do Why Files.

 

 

Quanto mais tentam esconder os factos, mais pornográfica é a cortina.

Neste episódio ficamos a saber que o Grand Canyon – o famoso monumento natural do estado do Arizona, nos EUA – esconde vestígios arqueológicos de uma cidade imensa, muito antiga, altamente complexa e civilizada (mais antiga e complexa e civilizada do que qualquer academia mainstream está pronta a aceitar como marco na cronologia hominídea) e aparentemente de cultura… faraónica. Ou egípcia, se quiserem. Ou asiática, se preferirem, em função da interpretação que se possa fazer dos factos. Factos esses que o Smithsonian, mais outra instituição académica que é mafiosa como um casamento na Sicília e que se tem como íntegra, decidiu esconder. Em conluio com as autoridades federais americanas.

O problema é que quanto mais tentam esconder as evidências, neste caso, de natureza arqueológica, mais suspeitos são de encobrimento. E mais credíveis permanecem esses factos que são obliterados e os rumores que esse claro encobrimento geram na web.

Neste caso específico, há até uma ironia: J. J. Kincaid, que descobriu o site arqueológico e cujo trabalho foi prontamente posto em suspenso pela Smithsonian, era um homem da casa e defendia ele próprio a interdição do acesso ao conhecimento histórico e ontológico que o local podia proporcionar.

A zona é hoje interdita a toda agente pelo governo federal. Cientistas, arqueólogos, historiadores, aventureiros, curiosos. Ninguém tem acesso ao sítio.

Porquê?

Este episódio do Why Files liberta cem teorias da conspiração por minuto. E a culpa não é da nossa imaginação. A culpa é do comportamento altamente suspeito de instituições em que devíamos confiar mas que se foram transformando, ao longo das últimas décadas, em verdadeiras máquinas de subtrair conhecimento às massas.

E essa é que é essa.