No seu monólogo do passado fim de semana, Neil Oliver comenta o assustador caso de Nigel Farage, que acaba de ser cancelado pela banca inglesa.

Farage entrou na vida política britânica como eurocéptico. Liderou o UKIP, pelo qual foi eleito para o Parlamento Europeu, onde massacrava incessantemente os poderes instituídos da União Europeia. Depois, foi a figura primeira do Brexit. Nos últimos anos tem sido a voz mais proeminente contra as relaxadas e irresponsáveis políticas de imigração britânicas e uma das estrelas do GBNews, o canal noticioso que procura abrir uma excepção ao uníssono ideológico dos meios de comunicação social em terras de Sua Majestade, o Rei WEF. É também um feroz opositor do apoio do Reino Unido ao regime de Zelensky.

É, assim, um dissidente. Se calhar, o mais notável dissidente político do seu país. Como resultado, não pode ter uma conta bancária. Não há um banco em Inglaterra que o aceite como cliente.

Este caso é a prova provada de que já ninguém vive em democracia no Ocidente, porque ser privado de uma conta bancária, por razões estritamente políticas, é ser afastado da vida social, exilado da orgânica das coisas, marginalizado, humilhado, empobrecido e conduzido ao estatuto de pária.

O que faz um cidadão do século XXI sem uma conta bancária? Todos os serviços online são-lhe imediatamente interditos. Não pode receber um salário. Não pode contrair um empréstimo. Não pode comprar casa ou pagar as contas domésticas. Não pode adquirir um automóvel e boa sorte para pagar os seus impostos com notas vivas. Sem a subscrição dos serviços bancários mínimos o cidadão perde a cidadania. Ponto.

E isto por enquanto, porque para breve, como todos sabemos ou devemos saber, os poderes instituídos no Ocidente vão implementar sistemas fiduciários digitais e, nessa altura, será mesmo impossível viver sem a cooperação da banca. Nessa altura, que será para daqui a dois ou três anos, em certos países, e daqui a cinco ou seis, para todos os territórios do Ocidente, nem alimentos poderemos comprar sem a assistência da banca.

A moeda digital é aliás o derradeiro instrumento totalitário contra a dissidência política: se aqueles que não aderem à narrativa globalista das elites forem ameaçados com a destituição económica, que oposição restará?

É que agora, experimentalmente, é Nigel Farage a vítima do fascismo da banca inglesa. Como empresas conservadoras nos Estados Unidos já foram canceladas, também em modo de cobaias, pelo PayPal. Mas, mais tarde ou mais cedo, seremos todos nós, os anónimos da plebe, susceptíveis de obliteração similar. Todos os que protestarem contra a sexualização das crianças pelo movimento LGBT. Todos os que se opuserem a guerras ilegítimas. Todos os que se manifestarem cépticos sobre as virtudes da “diversidade” e desconfiarem que a destruição das identidades nacionais e a substituição demográfica não são paradigmas fiáveis para a bom governo dos povos. Todos os que não respeitarem as estritas quotas de libertação de CO2 e que façam perguntas sobre a “ciência climática”. Todos os que recusarem vacinas experimentais e todo o tipo de experiências genéticas que os bill gates deste mundo querem ensaiar. Todos os que procuram viver livres do jugo das elites. Todos os que recusarem o caminho que leva os bois para o matadouro.

Sim, mais tarde ou mais cedo, seremos todos Nigel Farage. E nessa altura será demasiado tarde para voltar atrás.

No entretanto, sejam bem vindos à Monarquia Soviética do Reino Unido.