O FBI enviou ao Twitter um e-mail dos serviços secretos ucranianos pedindo à plataforma que banisse jornalistas e utilizadores críticos da Ucrânia e entregasse os seus “dados de utilizador especificados durante o registo”, de acordo com a última fuga de informação dos “Twitter Files”.

 

 

No trabalho de investigação de Aaron Maté, “FBI ajuda a Ucrânia a censurar os utilizadores do Twitter e a obter a sua informação, incluindo jornalistas”, ficamos a saber que em Março de 2022, um agente especial do FBI enviou ao Twitter uma lista de contas em nome do Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), a principal agência de informações da Ucrânia. As contas, segundo o FBI, eram “suspeitas pelo SBU de espalhar medo e desinformação”. Num memorando anexo, o SBU pediu ao Twitter que removesse as contas e entregasse os dados dos seus utilizadores.

Os alvos do governo ucraniano e do FBI estendiam-se aos membros dos meios de comunicação social. Na sua resposta ao FBI, o Twitter concordou em analisar as contas para verificar a sua “inautenticidade”, mas manifestou a preocupação com a inclusão de “jornalistas americanos e canadianos”.

A tentativa do FBI de banir as contas do Twitter a pedido dos serviços secretos ucranianos é um dos momentos de censura mais evidentes revelados até à data nos Twitter Files, um conjunto de comunicações divulgadas pelo gigante das redes sociais.

O Twitter recusou-se a entregar os seus dados, mas baniu dezenas de pessoas da lista.

 

 

Esta é mais uma evidência de que o Regime Biden e as agências federais dos EUA operam à margem da lei, e não mostram qualquer problema moral em censurar os seus cidadãos ou entregar informação privada sobre indivíduos americanos a serviços secretos de outros países, desde que estes recusem as narrativas governamentais. Enquanto Biden e os seus manipuladores tagarelam incessantemente sobre a “ordem baseada em regras”, a “unidade”, a “defesa da democracia” e a “desinformação”, estão a usar descaradamente o Estado para atingir os seus inimigos políticos e censurar a oposição.

Se pensarmos bem, há qualquer coisa de profundamente perturbador e arrepiante nisto.