“Eu não sou de todo um homem da ciência.”
Sigmund Freud, carta a Wilhelm Fliess – 1900.
Provavelmente, o maior impostor da história moderna, Sigmund Freud infectou a mentalidade ocidental de uma catrefada de falsidades de tal forma inacreditáveis que só podemos chegar a uma conclusão: a ciência humana está ainda na sua fase embrionária, e somos todos quase tão crédulos e ignorantes como aquele velhote desgrenhado da Macedónia que dividia o universo em três ou quatro esferas celestes, aqui há uns dois mil e quinhentos anos atrás.
Iniciando a sua carreira com uma grandiloquente defesa das qualidades terapêuticas da cocaína, e indicando-a abundantemente aos desgraçados que lhe chegavam ao consultório (alguns morreram da receita), Freud é o engenhoso fundador de patologias inexistentes como a Histeria ou o “Reflexo Neurótico Nasal”, estigmas derivados, segundo este ilustre falsificador, de uma tendência excessiva para a masturbação e curáveis com recurso à dita droga dura ou a intervenções cirúrgicas de masmorra medieval.
Em vez de ser rapidamente encarcerado no hospício mais radical de Viena, Freud sobreviveu aos desastres com a persistência dos aprendizes de feiticeiro e, escapando para a frente, cria a sua segunda grande invenção: o libido imparável das crianças. Para Freud, cada menino já nasce de sexo erecto, lamentavelmente apontado para a mãe, em cujos seios encontra desde logo a redenção orgásmica. E cada menina está condenada a uma paixão platónica pelo pai.
A história, a política, a economia e a religião explicar-se-iam assim à sombra de um cartoon grego: inclinado desde logo para o sexo que o pariu, o menino fundamenta os seus dias primevos – e o seu ego estrutural – num ódio surdo de ciúmes para com o seu pai. E o inverso acontece com as meninas. Isto, claro está, é apenas nojento e fica distante de qualquer rigor científico como a Terra está longe do centro da sua galáxia.
Fazendo uma imaginativa e quase poética, mas absolutamente não científica, interpretação dos sonhos que convenientemente fundamentavam as suas teorias mais delirantes, publicando terapias revolucionárias que, na verdade, não curavam ninguém, Freud foi alegremente ignorando o conhecimento mais disciplinado do seu tempo: genética e cultura eram factores menosprezáveis e o positivismo não mais que um tique de ratos de laboratório. O homem, segundo Sigmund, não passa de um escravo do seu inconsciente, essa massa oculta, imaterial e brejeira, sempre disponível para lançar o indivíduo nos mais perversos conflitos. Tudo o resto é preconceito de gente moralista ou preciosismo de académicos destituídos do pantone da criatividade.
Os resultados estão, cento e muito anos depois, à vista: sexualização abstrusa e obscena de crianças e adolescentes, miríade e confusão de indentidades de género, normalização da pedofilia e, cúmulo de todos os cúmulos e triunfo satânico, documentos da Organização Mundial de Saúde que recomendam a masturbação de bebés.
Sobre este montão de imbecilidades, Freud cria até um aparelho filosófico multi-dimensional, que compreende toda a fenomenologia humana, aniquila a metafísica e eleva ao altar-divã uma espécie de super-homem/mega-falo; sapiens niilista que conquista a salvação pela transferência de todos os traumas para o colo paternal e semi-divino do psicanalista.
Charlatão maior entre os grandes vendedores de tónico capilar, imaginativo e teimoso profeta da falácia, Sigmund Freud é uma vergonha para a epistemologia. E um embaraço enorme para todos nós, que comprámos, baratinho, os seus dogmas de algibeira no supermercado dos grandes embustes.
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