No princípio era o Blogville. Uma obscura página da web, sobrevivente e persistente desde 2004, que, quase duas décadas depois do seu início, deu origem ao ContraCultura.

Nos últimos dois anos, o blog tem publicado uma minimal rubrica que pretende ilustrar com clips da imprensa, videos, imagens fotográficas e publicações de rede social o estado demente a que chegou a civilização, sob o título “Índice da saúde psicossocial do Ocidente: menos que zero.” Ontem, a rubrica somou 100 posts. O Contra marca o número redondo com uma revisitação, dividida em duas partes, de alguns desses posts, agrupados tematicamente.

Advertência: alguns dos conteúdos podem ferir a sensibilidade dos leitores.

 

Sobre os benefícios da fome e as vantagens do canibalismo.

 


Este magnífico documento da actividade satânica que se desenvolve nos corredores das Nações Unidas foi entretanto retirado do site da organização malfeitora. Mas o artigo, originalmente publicado em 2008, foi recentemente republicado na revista Chronicle da ONU.

“Às vezes falamos sobre a fome no mundo como se fosse um flagelo que todos queremos ver abolido”, escreveu o autor, George Kent, professor da Universidade do Havai, acrescentando que a fome é, na verdade “um valor positivo para muitas pessoas. Na verdade, é fundamental para o funcionamento da economia mundial. As pessoas famintas são as mais produtivas, especialmente onde há necessidade de trabalho manual.”

 


A Globo concorda com George Kent e, matando dois coelhos com um headline apenas, faz a propaganda do regime comunista cubano e da fome como instrumento de saúde pública.

 


E se temos mesmo que nos alimentar, que seja então de carne humana. O canibalismo é uma excelente solução para salvar o planeta, afirma o ‘cientista’ Magnus Soderlund. E todos sabemos como é imperativo obedecer aos cientistas.

 

 

Toda esta questão da nutrição humana está aliás muito mal explicada às massas, porque o melhor mesmo é comer apenas fruta e vegetais. Até à morte.

 

 

É a demografia, estúpido.

Como o ContraCultura já articulou aqui há uns tempos atrás, o derradeiro objectivo das elites globalistas que seguram as cordas do poder neste século condenado é o de reduzir o número de seres humanos à superfície da Terra. E essa infernal missão é bem evidente ao longo dos 100 posts da rúbrica que agora revisitamos. Por exemplo, na NBC é mais uma vez a ‘ciência’ que nos informa que ter filhos é um crime de lesa-planeta:

 

 

Para além de ser um crime, procriar também é um perigo, segundo o Daily Mail. Principalmente quando as mulheres estão na idade mais fecunda, claro:

 

 

O New York Times aconselha, por isso, que o critério da escolha do parceiro sexual seja baseado na altura de cada um, porque procriar com baixinhos  traz menos riscos para a mãe e menos perigos para o planeta.

 

 

O mesmo New York Times, sempre sinistro, glorifica atrasados mentais que sonham com um planeta sem seres humanos. Só num ecossistema profundamente perverso e decadente é que o “movimento da Extinção Humana Voluntária” é tema de páginas centrais em jornais mainstream como o NYT. Porque este senhor Les Knight devia ser imediatamente submetido a tratamento psiquiátrico e não a protagonismo mediático.

 

 

No Canadá do tirano Trudeau, o estado financia e apresenta soluções logísticas para matar pessoas com depressão e problemas económicos. E assim, ao empobrecer os cidadãos por causa das alterações climáticas, da auto-infligida crise energética, da guerra na Ucrânia ou da emissão insana de moeda e consequentes ondas inflaccionárias, o governo canadiano tem cada vez mais candidatos ao seu amplo programa de eutanásia assistida com dinheiros públicos.

 

 

E se, por exemplo, uma veterana das forças armadas, deficiente motora, solicita ao Estado canadiano que lhe instale um elevador na residência de dois pisos, o Estado canadiano informa-a que não pode ajudar nisso, mas que se a senhora quiser morrer tem todo o prazer em prestar-lhe a assistência necessária.

 

 

Sobre os factos, a razão e a moral, reina a “diversidade”.

A NCAA, associação de atletas universitários dos Estados Unidos, nomeou para “Mulher do Ano de 2022″… Um homem. Ainda por cima um homem que tem como missão na vida humilhar as adversárias que têm a infelicidade de o defrontar nas competições de natação feminina em que, vergonhosamente, o deixam participar.

Não era bem isto por certo que os primeiros movimentos feministas do fim do século XIX e princípio do século XX pretendiam alcançar. Nem se percebe como é que uma mulher dos dias hoje se pode sentir confortável com uma obscenidade assim. A semeia de ventos acaba sempre e proverbialmente na colheita de tempestades. E a tempestade woke atingiu completamente a sua máxima fúria.

 

 

Em nome da diversidade de género vale praticamente tudo. Este espectáculo degradante num canal de televisão público, pago pelos contribuintes britânicos, o Channel 4, é desse sistema de valores nenhuns horrorosa evidência gráfica.

 

 

A obsessão woke não tem a ver só com o género, claro. A raça também é um bom critério para separar as pessoas, atirá-las umas contra as outras e discriminá-las despudoradamente com base na cor da sua pele, num regresso a tempos sombrios que as sociedades ocidentais, sem a colaboração dos activistas radicais de agora, já tinham sabido superar.

 

 

Somos até chegados a um ponto surrealista em que o primado da diversidade reina sobre o da segurança no recrutamento de tripulações da aviação comercial.

 

E mesmo quando as coisas dão para o torto, como no caso do ataque selvático de um transexual a uma escola cristã do Tenessee, que resultou na morte de 6 pessoas (3 crianças), a reação da turba woke, da imprensa corporativa e dos poderes instituídos é insistir na utilização correcta dos pronomes de género, ignorar as vítimas reais e vitimizar o assassino. A secretária de imprensa da Casa Branca dá o tom do imoral transformismo a que a realidade dos factos é submetida quotidianamente.

 

 

Elogio e normalização da pedofilia.

Por muito difícil que seja de acreditar, existe de facto um crescente movimento alimentado pelas elites, pelas academias e pela imprensa corportativa para legitimar a pedofilia e o que não faltam são criaturas que defendem que as relações sexuais com menores devem ser ensinadas nas escolas e aprovadas socialmente ou que acham que a pedofilia não é um comportamento “errado”; universidades que defendem que a pedofilia deve ser legalizada como uma orientação sexual normal,  jornalistas que juram a pés juntos que a prática de sexo com infantes advém de características geneticamente adquiridas e que por isso não deve ser criminalizado e burocratas da ONU que recomendam a despenalização da actividade sexual com crianças. E enquanto marcas de moda usam meninas como fetiches sexuais em campanhas publicitárias, a igreja luterana sueca tolera que os seus clérigos mantenham práticas sexuais com menores.

Assim sendo, não surpreende que na Nova Zelândia, sempre progressista como o inferno, tenha acontecido isto:

 

 

E em Espanha, a Ministra da Diversidade e da Ideologia de Género (a nomenclatura do cargo é por si só de ficção orwelliana), não tem problema nenhum em afirmar publicamente esta premissa escabrosa:

 

 

É proverbial a asserção de que um dos principais triunfos do Diabo foi o de ter convencido as pessoas de que o Diabo não existe. Mas nos dias que correm, parece que essa preocupação já não faz parte da sua agenda.

 

(Cont. – Segunda parte deste artigo a publicar entre 15 a 19 de Maio)