Se os procuradores do Partido Democrata americano valorizassem verdadeiramente o Estado de Direito, teriam muitos casos para perseguir antes de considerarem sequer a acusação a Trump.

O sistema de dois pesos e as duas medidas do sistema judicial americano foi cristalizado na quinta-feira passada, depois de um grande júri de Manhattan ter votado para indiciar o ex-Presidente, o que desencadeou um coro de hipocrisia recordista constituído por apparatchiks democratas e activistas da imprensa corporativa que não se calaram com o lugar comum de que “ninguém está acima da lei, nem mesmo o ex-presidente”.

Mas não é sequer preciso ter o talento vidente de um adivinho de feira para saber que a única razão pela qual Trump foi acusado é política e que os seus inimigos estão preocupados com a aplicação equitativa da justiça como os irmãos Dalton respeitam o direito à propriedade privada.

Além de sugerir que Trump não está “acima da lei”, a ex-Presidente da Câmara dos Representantes Nancy Pelosi afirmou que o magnata de Queens terá a oportunidade de “provar a sua inocência” em tribunal. É claro que a lei dita que os réus são presumidos inocentes até prova da sua culpa e não o contrário. Mas que interessa o que a lei dita, quando o objectivo é conseguir associar um inimigo político a um acto criminoso, com direito a foto de cadastro e registo de impressões digitais?

 

 

Se o comentário de Pelosi foi um deslize freudiano ou a afirmação genuína da sua ignorância, talvez nunca se saiba. O que sabemos é que durante anos, os democratas têm operado sob a crença de que os membros do seu partido e os seus aliados partidários, esses sim, estão acima da lei. Senão vejamos:

 

1. Alvin Bragg Recusa-se a acusar criminosos. Prefere perseguir inocentes.

Enquanto o Procurador Distrital de Manhattan Alvin Bragg estava ocupado a procurar formas de acusar Trump, criminosos violentos tomavam as ruas de Nova Iorque. Durante o primeiro ano de mandato de Bragg, o crime agravado na Grande Maçã (podre) aumentou 22%. O Ministério Público tem feito questão de reduzir o número de acusações e o desagravamento das penas para assaltos à mão armada, baixando cauções e libertando agressores de polícias, violadores, pedófilos e anti-semitas violentos.

As políticas de Bragg, extremamente tolerantes em relação a uma grande quantidade de crimes urbanos, podem ter-lhe valido o favor e os dólares do bilionário George Soros, mas mesmo os nova-iorquinos, que votam em percentagens perto dos 80% em candidatos democratas, sabem que o seu actual procurador público não é nada alérgico a oferecer melhor tratamento a condenados do que a pessoas cumpridoras da lei, como aconteceu a este dono de um snack bar que se defendeu contra um assaltante violento e já condenado e que por isso foi encarcerado por homicídio. A legítima defesa, principalmente se for interpretada por indivíduos brancos, já há muito que deixou de ser um direito de cidadania, nos estados dos EUA controlados pelos democratas.

 

 

2. Os Clinton: o que não falta são razões para serem indiciados.

Se os Democratas se preocupassem verdadeiramente com as violações da lei de financiamento de campanhas, já teriam processado vários membros do seu partido, incluindo Hillary Clinton.

Em 2022, a Comissão Federal de Eleições multou Clinton por ter atribuído, durante a campanha presidencial de 2016, fundos financeiros à orquestração do embuste do conluio russo. Se Trump é culpado de intenção de ocultar um crime de financiamento de campanha, um procurador motivado pode olhar para os esforços da campanha do Partido Democrata e de Clinton para esconder o seu envolvimento no chamado “dossier Steele” e considerar que eles foram culpados do mesmo crime.

Para além da ingerência eleitoral, Clinton e o seu staff extraviaram informações altamente confidenciais, o que resultou em pelo menos 91 violações de segurança. Em vez de invadir a sua casa, como fez com Trump a propósito de documentos confidenciais alegadamente armazenadosem Mar-a-Lago, e pedir ao Departamento de Justiça que processasse o caso, o FBI concordou, inexplicavelmente, em destruir as provas materiais dos crimes, sabendo que o conteúdo era objecto de intimações do Congresso e requerimentos de preservação.

Clinton também desempenhou um papel central na decisão de abandonar quatro americanos em Benghazi, Líbia, onde foram assassinados por terroristas.

Nos anos 90, o seu marido pagou a este mundo e ao outro, com dinheiros de campanha, para que histórias referentes à sua conduta sexual não fossem reveladas, de forma a preservar a sua imagem pública. Esse trajecto está documentado no livro “Primary Colours”, de Joe Klein, que retrata as manobras que tiveram que ser feitas pelo staff da campanha das eleições primárias de 92 para que os escândalos fossem silenciados.

Bill Clinton, como todos os camaradas de Epstein que se entretinham em práticas sexuais com menores na infame ilha de Little Saint James, nunca foi investigado por essas recorrentes deslocações, apesar dos indícios apontarem para um comportamento criminal.

 

3. Barack Obama, o criminoso de guerra.

O Presidente Barack Obama foi multado em 375.000 dólares, “uma das maiores taxas jamais cobradas a uma campanha presidencial”, por violações da lei eleitoral. Em vez de enfrentar a ameaça de pena de prisão, Obama foi protegido pelos meios de comunicação social corporativos e pelos falsos verificadores de factos que repetidamente minimizaram a sua violação como uma infracção proporcionalmente pequena em comparação com os mil milhões de dólares que angariou no trilho da campanha.

Mas só a sua infame política de bombardeamentos com drones no médio oriente já dava direito à presença em tribunal por crimes de guerra. O Prémio Nobel da Paz chegou a fazer explodir casamentos. Convenhamos, isto é um bocadinho mais grave do que pagar a actrizes porno para ficarem caladinhas e registar as despesas como custos jurídicos.

 

4. Marc Elias e a violação descarada da Lei Eleitoral.

O advogado democrata Marc Elias tem tentado repetidamente minar as eleições nos EUA. O senhor tem uma tal reputação de interferir e manipular eleições que até um juiz federal o repreendeu por isso. Ao contrário de Douglas Mackey, que foi acusado pelo Departamento de Justiça por afixar um meme encorajando os eleitores de Hillary a “enviar” os seus votos por correio, Elias não enfrentou quaisquer acusações ou rusgas sem aviso prévio.

 

5. Joe Biden seria um alvo natural para qualquer procurador isento.

Um presidente que evita pagar centenas de milhares de dólares em impostos parece ser o tipo de circustância que as agências federais, incluindo o recentemente revigorado Service for Internal Revenue, deveriam explorar. No entanto, Biden, que nunca explicou a origem de milhões de dólares dos seus rendimentos, e a Primeira Dama Jill Biden, em conjunto, esquivaram-se a cerca de 517.000 dólares em impostos Medicare e Obamacare entre 2017 e 2020, sem escrutínio.

E isto já para não falar dos documentos confidenciais da vice-presidência que ficaram em Dellaware e que o seu filho Hunter muito provavelmente entregou aos serviços secretos chineses a troco de uns bons milhões de dólares, ou das negociatas com chineses e ucranianos do seu filho e do seu irmão, sobre as quais recaem sérias suspeitas de que seja cúmplice, mas que não foram alvo de qualquer investigação.

 

6. Hunter Biden, o homem acidente.

O filho do presidente dos EUA não é apenas um desastre sobre pernas e um embaraço para a família Biden, é uma ameaça flagrante à segurança nacional com um longo e infame historial de uso de drogas ilícitas, envolvimento com prostitutas, comercialização choruda do acesso ao seu pai sob o pretexto de fazer negócios com oligarcas ucranianos e russos, venda de documentos secretos aos serviços de inteligência chineses, etc., etc.

Além de tudo isto e do seu tratamento imprudente de uma arma perdida em 2018 – que, contra o protocolo normal, os Serviços Secretos ajudaram a encobrir – Hunter mentiu em formulários federais sobre o seu uso de drogas para comprar essa arma, um crime federal que dá anos de cadeia, cumprido impunemente.

 

7. Eric Swalwell dorme com o inimigo.

Falando da China comunista, o representante Democrata Eric Swalwell manteve uma relação romântica com uma conhecida espiã do inimigo nº 1 da América enquanto era, pasme-se, membro do Comité de Inteligência da Câmara dos Representantes. Em vez de enfrentar as naturais e penosas consequências de oferecer aos espiões estrangeiros acesso a informações chave do governo dos EUA, Swalwell continua confortavelmente instalado no Capitólio, sendo constantemente convidado pela imprensa maistream americana para disparar barbaridades e acusações delirantes sobre qualquer conservador que na altura lhe esteja a incomodar a sensibilidade.

 

8. Eric Holder mente ao Congresso, impunemente.

O ex-Procurador-Geral Eric Holder enganou o Congresso durante a sua investigação do escândalo “Fast and Furious” da era Obama, que utilizou dólares dos contribuintes para colocar armas nas mãos dos senhores da droga mexicanos. Holder foi momentaneamente acusado por desrespeito à assembleia legislativa, mas essa foi a única punição que recebeu por se ter esquivado intencionalmente a intimações e ocultado documentos aos comités de fiscalização do Congresso.

 

9. Susan Rice ou o Watergate de que ninguém fala.

A Conselheira de Segurança Nacional do Presidente Barack Obama, Susan Rice, mandou espiar a equipa de transição Trump e depois mentiu sobre o assunto. O flagrante abuso de poder (foi uma situação muito parecida que levou à resignação de Nixon) merecia ser examinado pelas instâncias judiciais. Em vez disso, o precedente serviu para justificar posteriores acções de espionagem sobre cidadãos americanos por parte do aparelho de inteligência dos EUA.

 

10. Qiando o crime compensa: a Família Pelosi

A suspeita de abuso de informação privilegiada merecia pelo menos uma análise detalhada por parte dos investigadores federais, mas parece que, até agora, Nancy Pelosi e o seu marido Paul escaparam ilesos de uma muito conveniente calendarização de compras e vendas de acções que aumentou desmesuradamente a sua fortuna.

 

Assim sendo, as pessoas que afirmam condescendentemente que “ninguém está acima da lei” são as mesmas que estão factualmente para além de qualquer supervisão judicial ou constitucional. Se os democratas valorizassem verdadeiramente o Estado de Direito, os traficantes ilegais de drogas e de seres humanos que operam livremente na fronteira com o México, os criadores do embuste sobre o envolvimento de Trump com os serviços secretos russos, os clientes de Jeffrey Epstein, os vândalos pró-aborto, os terroristas da Antifa, os incendiários do BLM, os censores de Silicon Valley, os burocratas assassinos como Anthony Fauci e as pessoas que dirigem agências governamentais corruptas como o Departamento de Justiça, o FBI, a NSA, ou o gabinete do Ministério Público de Manhattan, seriam os que estariam em tribunal na próxima semana, na vez de Donald Trump.