A esta Terceira República não faltam vilões e gatunos,
nem escasseiam imbecis, bárbaros e hunos;
mas entre a gente torpe que vibra em vários acordes,
o Mamadou Ba bate todos os recordes.
O Mamadou é o Dantas ao contrário: até vestido é horroroso!
E a República ajoelha-se aos seus pés de mentiroso.
Quando for grande, o Momadou será Idi Amin Dada.
Morra o Mamadou, morra, Ba!
Portugal é nação modesta, sem virtude que se veja:
precisa do Mamadou como um bolo podre precisa da cereja.
Para o Babadou ser marxista, o contribuinte paga a franquia:
pregador em Lisboa, saca uns cobres à autarquia.
A retórica do Mamadou tem dois séculos de formol!
Se o Mamadou é português, quero ser espanhol!
E se é senegalês, que seja cortês e volte p’ra lá;
Morra o Mamadou, morra, Ba!
Estudou letras em Dakar mas é ignorante de história:
os brancos carregam no fardo mais que a vil glória
do comércio negreiro e do colonialismo soez
(a faculdade do Mamadou foi levantada por um francês).
Em cada ser humano, Mamadou descobre o preconceito.
É o dono moral da democracia e nem precisa de ser eleito!
O Mamadou é um artista, bruto niilista ao deus dará,
Morra o Mamadou, morra, Ba!
Se correr com um milhão de portugueses todos os anos
O Mamadou fica como quer: num Portugal só de angolanos.
Entretanto grita e protesta, irrita e molesta, alarmista,
quando ele é, entre todos os klans, o palerma mais racista.
O Mamadou compara a polícia ao excremento animal
e depois exige por direito a protecção policial!
Quando for grande, o Momadou será Idi Amin Dada.
Morra o Mamadou, morra, Ba!
Gosta de insultar, mas não de ser insultado,
e um dia destes ainda chega a deputado.
Se é senegalês, que seja cortês e volte p’ra lá;
Morra o Mamadou, morra, Ba!
O Mamadou é esperto como um rato, como um rato é belo
e ainda vai ser condecorado p’lo Marcelo!
O Mamadou é um artista, bruto niilista ao deus dará,
Morra o Mamadou, morra, Ba!
O que o Mamadou sabe, já a República devia ter esquecido!
O Mamadou é o Dantas ao contrário: horroroso até vestido!
Quando for grande, o Momadou será Idi Amin Dada.
Morra o Mamadou, morra, Ba!
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