Nos tempos que correm dá a sensação inequívoca que as pessoas andam mais intratáveis, mais vulgares, mais frustradas e mais ensandecidas pela curvatura do planeta. A aldeia global transformou-se numa selva entrincheirada de pequenos-grandes ódios, épicos ressentimentos de algibeira onde combatem sem honra nem razão facções imaginárias e milícias alienadas, onde se travam inconscientemente belicosas disputas por interesses mesquinhos, onde se libertam guerrilhas identitárias entre classes e etnias, credos e costumes, amigos e familiares. Mas nos Estados Unidos muito especialmente, a humanidade parece descambar numa espiral dantesca que ultrapassou já o ponto de não retorno.
Alimentados por falsos ideais, moralismos de celofane e ilusões profundas sobre a sua própria condição; divididos por fraudulentas categorias de género e de raça e levados ao pânico e à histeria pela imprensa e pela sobredose histórica da web, largos segmentos da população norte americana estão agora convencidos que a razão está na fúria, que o bom senso se encontra na destemperança, que a resposta às suas ansiedades reside na agressão e no comportamento desviado das normas mais básicas da civilidade.
Celebridades e anónimos, políticos e activistas, burocratas e contribuintes, polícias e ladrões perdem as estribeiras, fuzilam-se por desaguisados automobilísticos, saltam das cadeiras para agitar as gorduras da sua estéril indignação, gritam revoltas como se no grito é que estivesse a virtude. Rapazolas efeminados e frágeis ao máximo do seu ridículo de criaturas de estufa, alérgicos a toda e qualquer contrariedade, choram oceanos de auto-comiseração perante audiências infindas de flores iguais, porque trabalham 25 horas por semana ou são tratados pelo pronome errado. Raparigas desamadas e semi-nuas repetem coreografias banais e tiques nervosos, endémicos, nas redes sociais da sua solidão extrema.
Multidões ganham a convicção de que o heroísmo reside na condição da vítima enquanto um sondagem da Rasmussen indica que 47% dos negros americanos acham que ser branco é ou pode ser um estigma por si só. Se 47% dos brancos achasse que ser negro é ou pode ser um estigma por si só, os motins raciais destruiriam de vez as infra-estruturas da América. Mas a este ritmo insano e desenfreado, é isso mesmo que vai acontecer.
As elites, refasteladas no seu programa de destruição civilizacional, subscrevem as reacções esquizoides por tudo e por nada, legitimam a guerra cultural, financiam a propaganda, a censura, a desinformação, a pós-verdade. Têm pressa de ruínas.
O número de autistas nos EUA aumentou 800% por cento em duas décadas porque a comunidade de psiquiatras e psicólogos e académicos e cientistas considera objectivamente que todo o ser humano é autista e doente mental e neurótico. Considera objectivamente que a insanidade deve até ser elogiada e acarinhada naqueles que são de facto loucos e diagnosticada nos que ainda não o são.
Nas cidades distópicas da América, levadas ao caos pela esquerda radical do Partido Democrata, conspurcados e abjectos centros de crime e droga e violência, onde acampam bilionários e mendigos e algumas das tribos mais perigosas do mundo, progride o triunfo da degeneração. Os eleitores que deram poder às elites para destruírem o tecido urbano fogem agora, em quantidades recordistas, para os estados republicanos. Onde vão de novo votar em candidatos neo-liberais com o mesmo programa de cinzas, numa definição de loucura eleitoral.
Paul Joseph Watson retrata o estado psicótico da sociedade norte-americana. A demência clínica e a cultural, a esquizofrenia política e a social, a disfunção cognitiva e emocional dos indivíduos, a desagregação dos valores colectivos; o triunfo do crime, da tóxico-dependência, da perversão, da raiva, do ódio; a colisão entre o público e o privado, a confusão entre o bem e o mal, a miséria de valores materiais e imateriais.
A queda de uma civilização, num ensaio de 12 minutos.
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