O Japão tem demasiadas pessoas idosas? O professor assistente de economia de Yale, Yusuke Narita, acha que sim e que a solução é o suicídio em massa, ou seppuku, até porque alguns jovens japoneses acreditam que o evelhecimento populacional é uma barreira à sua prosperidade económica.
Numa entrevista a um canal noticioso japonês online que foi transmitido em Dezembro de 2021, Narita explicou que uma “solução bastante clara” para lidar com os idosos é matá-los a todos com o ritual do seppuku, referindo-se ao suicídio ritual dos samurais, por esventramento.
Desde essa entrevista, Narita tem aparecido publicamente na defesa das sua convicções, incluindo uma entrevista no The New York Times.
A Yale economics professor has some ideas for how to deal with the burdens of Japan’s rapidly aging society. The “only solution,” he said, is mass suicide of the elderly, including ritual disembowelment. https://t.co/mPT7XgK19y
— The New York Times (@nytimes) February 13, 2023
No ano passado, um adolescente pediu a Narita para explicar o seu plano de seppuku em massa. Na sua resposta, o professor fez referência a uma cena do filme de terror de 2019 “Midsommar”, no qual uma pessoa idosa é forçada a saltar de um penhasco, acrescentando:
“Se isso é uma coisa boa ou não, é uma pergunta mais difícil de responder. Mas se achas que isso é bom, então talvez possas trabalhar arduamente para criar uma sociedade como essa”.
Narita referiu-se à sua própria mãe idosa, que lhe custa 755 dólares por mês, para reforçar a pertinência da sua solução exterminadora.
O Japão tem actualmente a maior proporção de cidadãos idosos de qualquer país do mundo. A sua população com mais de 65 anos tem vindo a aumentar constantemente desde os anos 50, tanto que o Primeiro-Ministro japonês Fumio Kishida anunciou no mês passado que o seu país está à beira de uma crise demográfica e social.
A tese de Narita implica não só o suicídio voluntário como compulsivo, tendo dito ao NYT que gostaria de ver o seppuku forçado de pessoas idosas “surgir em discussão”. Percebemos assim que não se trata de suicídio, mas de assassinato. Em larga escala.
O facto de Narita usar a sua própria mãe para defender o suicídio dos idosos é absolutamente degradante por si só, mas o cenário piora: a quantidade de jovens que o seguem online já ultrapassou o meio milhão de pessoas e os políticos japoneses receiam que as opiniões de Narita se alastrem ao ponto de criarem conflitos sociais e geracionais impensáveis.
Em 1948, o Japão implementou um programa de esterilização em massa para lidar com o que então era considerado como um problema de super-população. Como sempre acontece nestes casos de engenharia eugénica, essa lei saiu pela culatra, com uma diminuição da fertilidade e consequente envelhecimento demográfico. Agora fala-se num programa eugénico não para esterilizar as populações mas para dizimar os mais velhos.
Mas alguns segmentos dessa lei de 1948 ainda vigoram no país, permitindo práticas eticamente discutíveis como a esterilização voluntária ou involuntária de pessoas com doenças hereditárias, doenças mentais e deficiências intelectuais.
No Twitter, Narita tem 550.000 seguidores. É hoje uma verdadeira celebridade e aparece regularmente nos media japoneses e em capas de revistas, sendo agora protagonista de um anúncio de bebidas energéticas.
Será pertinente sublinhar que o Japão apresenta já taxas de suicídio muitíssimo preocupantes: é o sétimo país com maior taxa de suicídio da OCDE e o segundo dos G7.
É por estas e por outras que o ContraCultura tem por diversas vezes alertado para o facto evidente que a primeira frente de batalha na guerra cultural que estamos a viver no século XXI é a demografia. Há de facto por todo o Ocidente e não só, uma vontade férrea de fazer decrescer o número de pessoas à superfície do planeta, custe o que custar. As investidas mais radicais no campo da eutanásia, o elogio e a banalização do aborto, a desconstrução da família tradicional, a desmultiplicação das identidades de género e até a veiculação da guerra nuclear ou da fome como circunstâncias normais, legítimas ou positivas, fazem parte dessa agenda e prosperam alarvemente nas agendas globalistas e na imprensa corporativa.
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