O esquadrão de Superhornets aproxima-se de um OVNI ao largo de San Diego (reconstituição)

 

Na manhã de 14 de novembro de 2004, a 90 milhas da costa da Califórnia, perto de San Diego, o Nimitz Carrier Strike Group realizava exercícios de rotineiros de defesa aérea. Dezenas de pilotos, técnicos de radar e controladores de tráfego aéreo testemunhariam nesse dia um dos encontros imediatos com objectos voadores não identificados mais bem documentados de que há registo, incluindo comunicações entre pilotos e controladores de tráfego, cadastros de radar e imagens captadas pelas câmaras dos caças. Estes encontros, parcialmente confirmados pela Marinha americana 13 anos mais tarde, foram detectados e gravados pelo comando do Nimitz e relatam a presença no espaço aéreo californiano de objectos cujo comportamento dinâmico é difícil de explicar, à luz da ciência e da tecnologia contemporâneas.

O documentário de referência sobre este evento, de Dave Beaty, recolhe testemunhos de alguns militares envolvidos directamente nos encontros, recria as situações em que ocorreram e analisa o comportamento e a morfologia destes objectos.

 

 

Breve relato dos factos.

Uma das circunstâncias mais notáveis dos “Encontros Nimitz” é que os OVNI’s foram primeiro detectados pelos radares de aviões de reconhecimento e dos postos de controlo das embarcações. Dado o excêntrico e inexplicável comportamento registado, foi posteriormente enviado um esquadrão de caças superhornets com o fim de interceptar esses objectos.

Logo quando o esquadrão se estava a aproximar das coordenadas indicadas pelos controladores de tráfego, acontece algo de estranho, já que é perguntado aos pilotos se algumas das suas munições reais tinham sido disparadas. Os caças não transportavam munições reais, pelo que esta pergunta proveniente dos operadores de radar deixou, compreensivelmente, os pilotos algo nervosos.

Chegados ao ponto de encontro, os pilotos observam dois objectos brancos e cilíndricos, estacionários, e logo depois uma perturbação na superfície do mar, do tamanho de um boing 737, aproximadamente. Uma vez interceptados, os objectos passaram de uma altitude de 8.000 metros para 15 metros acima do nível do mar em apenas 0,7 segundos, numa manobra que desafia todas as leis da física e do senso comum. Quando dois dos Superhornets destacados para analisar a perturbação na superfície do mar se aproximaram do alvo, detectaram uma outra nave pairando erraticamente sobre essa perturbação.

 


OVNI pairando sobre a perturbação detectada à superfície do oceano (reconstituição)

 

Os objectos observados, com cerca de 15 metros de comprimento, não tinham asas nem qualquer sistema de propulsão visível. Manobraram, com incrível agilidade, a velocidades estonteantes e em completo desrespeito pela inércia e a termodinâmica, em redor dos caças  Passados uns minutos desse bailado, desapareceram no horizonte sem fazerem qualquer ruído, apesar de terem manifestamente ultrapassado a barreira do som, que implica o estrondo relativo a esse trânsito hiper-sónico. Mal os objectos desapareceram, a perturbação na superfície do mar deixou também de ser observável.

Entretanto, a tripulação de um avião de reconhecimento que voava a uma altitude superior, mas dentro do mesmo sector, observou e registou um destes objectos, que circulou em redor do aparelho durante uns breves instantes, para depois se eclipsar repentinamente.

Na fase final da operação, os radares do Nimitz detectaram múltiplos objectos em trajectória descendente do espaço para a atmosfera terrestre, a alta velocidade. Alguns deles caíram no mar e ficaram submersos sem que o impacto na água e a inércia daí decorrente exercesse sobre as suas trajectórias e velocidades qualquer efeito. A aparente supressão das forças G que estas manobras implicam está para além daquilo que qualquer material ou tecnologia possam justificar.

Depois de regressados da sua missão, todos os pilotos envolvidos nestes encontros foram conduzidos a áreas de alta segurança das embarcações, onde se viram obrigados a assinar protocolos de não divulgação e a jurar segredo sobre o sucedido.

O sargento-ajudante Patrick Hughes, do Nimitz, que estava encarregado de guardar e arquivar num cofre as caixas negras com as gravações do encontro entre o avião de reconhecimento e um dos OVNI’s, foi comandado a entregar essas gravações a dois oficias anónimos que não faziam parte da tripulação e que abandonaram a embarcação de helicóptero, logo depois.

Ao sargento-ajudante Gary Voorhis, do Princeton, que tinha uma responsabilidade similar, aconteceu exactamente a mesma coisa, mas neste caso os agentes de resgate das gravações eram dois homens à paisana, que lhe disseram para apagar todas os registos desse dia, mesmo os que não tinham qualquer vestígio de OVNI’s.

Várias testemunhas dos Encontros Nimitz afirmam que existem vídeos mais longos e com muito melhor resolução do que aqueles desclassificados pelo pentágono em 2017.

 

OVNI de forma cilíndrica, com cerca de 15 metros de comprimento, conforme descrição testemunhal e imagens desclassificadas pelo Pentágono (reconstituição)

 

Um inexplicável secretismo sobre um fenómeno que ameaça a segurança do espaço aéreo das nações.

Os incidentes registados com o Nimitz Carrier Strike Group estão por explicar e, na sua maior parte, por desclassificar. Apesar das operações de relações públicas (ou de desinformação e propaganda) que o Pentágono tem vindo a desenvolver sobre esta matéria desde 2017, a verdade é que o público permanece ignorante sobre a natureza destes encontros, bem como sobre a identidade e missão dos oficiais que recolheram as gravações que os documentam. E se o Pentágono está interessado em revelar a verdade sobre os OVNI’s, porque divulga imagens de baixa resolução, quando testemunhas indicam a existência de material vídeo com superior qualidade técnica?

Tudo o que ficamos a saber, através da informação possível resultante dos “Encontros Nimitz”, é que objectos voadores não identificados, com capacidades tecnológicas que estão muitos anos à frente daquilo que a indústria humana consegue produzir, circulam livremente pela atmosfera da Terra, interagindo até com equipamentos e operações militares. Não será este facto, só por si, preocupante? Não constituem estes objectos uma enigmática ameaça à segurança do espaço aéreo dos países onde são observados? E, assim sendo, não urge uma clarificação, por parte das autoridades, sobre a natureza do fenómeno?

As respostas escasseiam. E na directa proporção dessa escassez, abundam as especulações e as teorias da conspiração que os poderes instituídos rejeitam e perseguem, mas que na verdade, graças ao secretismo com que tratam o assunto, são os primeiros a promover.