Uma start up do género aprendiz de feiticeiro, que lançou enxofre na atmosfera para bloquear a luz do sol e combater o “aquecimento global” segue a cartilha do histerismo ambientalista até à sua conclusão lógica para danificar significativamente o nosso planeta. Mas o feitiço, por uma vez, pode virar-se contra os feiticeiros.
A ideia mais estúpida e irresponsável da história universal dos ataques histéricos.
A ideia decorre de um pavoroso conceito pseudo-científico, de atroz sobranceria e ignorância, e as suas implicações na ecosfera e na biosfera são impossíveis de calcular, mas no final de 2022, a Make Sunsets anunciou que tinha lançado duas cargas de enxofre no céu do Novo México como teste para a sua tecnologia de arrefecimento do planeta. Ao encher o céu com partículas de enxofre reflectoras da luz solar, a empresa espera atacar directamente as alterações climáticas – reduzindo a temperatura do planeta – e fazer fortuna no processo, através da venda de créditos de carbono aos emissores de gases com efeito de estufa.
Mas como bloquear a luz sol terá consequências catastróficas para a produção de alimentos e energia e para a saúde humana, estes créditos teriam de incluir tanto o “custo” de cada tonelada de dióxido de carbono compensado pelo enxofre como os efeitos negativos de menos luz solar que chega à Terra. Uma vez contabilizados os danos causados pelo bloqueio do sol, é provável que os créditos do Make Sunrise valham menos que zero e o projecto seja remetido onde pertence, na gaveta da idiotia. Mas se, ao contrário e por qualquer razão irrazoável, a ideia pegar e a sua escala for exponencialmente aumentada, estaremos perante um atentado que pode de facto causar danos significativos ao nosso planeta.
Para evitar a fraude financeira e a catástrofe ecológica, incluindo chuvas ácidas, os estados têm que tomar medidas imediatas para encerrar definitivamente as operações desta empresa, e de outras que a esta tenebrosa actividade se dedicarem.
No entanto, o modelo de negócio da Make Sunset tem um lado bom, inesperado e inadvertido. Ao seguir de forma tão destrutiva e niilista a lógica do histerismo ambiental do capitalismo corporativo e do estadismo totalitário, investindo nela até à sua conclusão distópica – reduzir emissões de dióxido de carbono a qualquer custo e fazer fortuna ao vender créditos de carbono de forma arbitrária – a Make Sunsets poderá anunciar o fim do dumping de fundos climáticos. Talvez os investidores se apercebam finalmente que verter dinheiro em projectos sem valor enquanto crescem os desequilíbrios globais entre a oferta e a procura é uma má ideia.
Fundada em Outubro de 2022 após os seus dois primeiros lançamentos de enxofre, a Make Sunsets é uma criação de Luke Iseman, um antigo director de hardware do famoso acelerador tecnológico Y Combinator. Depois de ler o romance de ficção científica “Termination Shock”, no qual um bilionário dispara enxofre para o céu, Iseman apercebeu-se de que arrefecer o planeta artificialmente podia ser um projecto muito lucrativo.
Quando entrevistado pelo The Washington Post sobre o porquê de ter avançado com o projecto, Iseman disse:
“Todos os dias que não injectamos dióxido de enxofre na estratosfera tão responsavelmente como o estado da ciência nos permite e tanto quanto podemos economicamente, as espécies estão a extinguir-se desnecessariamente e as pessoas estão a morrer”.
Onde é que Iseman foi buscar a ciência por trás desta afirmação tresloucada? Que pessoas é que estão a morrer e que espécies é que estão em vias de extinção por não lançarmos enxofre na atmosfera? Ninguém sabe. Nem ele. Nem interessa porque o que interessa é a moda, a agenda e, claro, os lucros bilionários.
Inadvertidamente destruindo o mercado de créditos de carbono.
O dióxido de enxofre é barato. Tão barato, de facto, que a vender créditos de compensação de carbono por apenas 10 dólares por tonelada, Iseman poderá muito bem fazer colapsar os preços pretendidos para o mercado de créditos de carbono, que se projectam entre os 25 e os 35 dólares por tonelada para o programa da Califórnia e 65 a 95 dólares para o programa da União Europeia. Neste mercado, o valor hipotético dos créditos de carbono deriva dos danos que alegadamente são evitados pela supressão de cada tonelada de dióxido de carbono. Os créditos de carbono são tipicamente gerados através da criação de energia com uma produção de dióxido de carbono inferior à da queima de combustíveis fósseis.
Ironicamente, ao despejar enxofre barato na atmosfera e assim, na imaginação de imbecis oportunistas como Luke Iseman, combater supostos aumentos de temperatura, poderá invalidar a lógica financeira por trás dos investimentos energéticos “verdes” e salvar-nos a todos da catástrofe económica e ambiental do investimento climático. Pelo simples facto que o processo é muito menos oneroso do que levantar as estruturas industriais relacionadas com as energias renováveis.
A sujidade da “Energia Limpa”.
Os moinhos de vento prometem fornecer energia limpa e renovável, mas as suas lâminas não recicláveis, para além de matarem aves aos milhões, estão rapidamente a acumular-se em aterros municipais como ossos de gigantes jurássicos. O mesmo se aplica aos painéis solares, que são rotulados pelos governos como “resíduos perigosos”. Como a eficiência das células fotovoltaicas tem melhorado a grande velocidade, ao mesmo tempo que o o seu preço por metro quadrado tem baixado significativamente, comprar novos painéis e deitar fora os velhos é mais económico do que continuar a utilizar equipamentos mais antigos – mesmo que ainda estejam funcionais. De facto, os painéis solares têm um ciclo de vida tão curto que os equipamentos usados que se encontram em aterros sanitários podem pesar mais do dobro dos painéis em uso até 2035.
Por outro lado, sabemos hoje que os veículos eléctricos (VE) produzem mais emissões de dióxido de carbono na sua produção e desmontagem do que os veículos de combustão interna. O pressuposto é que os carros eléctricos fazem a diferença na sua utilização, mas isso depende do número de quilómetros que cada proprietário faz e do número de viaturas em circulação. A escala também é importante para a eficiência climática dos VE, mas a maior parte dos países ocidentais não tem rede eléctrica que permita abastecer uma frota de VE que seja de facto relevante para o ambiente. Isto para não falar dos nefastos efeitos ecológicos resultantes da extracção de minerais raros e outros componentes extremamente tóxicos das baterias eléctricas.
Os moinhos de vento e os veículos eléctricos nunca vão poder competir com os 10 dólares por tonelada de créditos de carbono da Make Sunsets. Comprar indulgências de carbono foi sempre um esquema fraudulento, mas na verdade limitar as emissões de carbono sempre foi o objectivo último. Se a Make Sunsets levar a concorrência à destituição, isso só significa que encontraram o esquema economicamente mais viável.
E esse é que é o perigo.
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