No contexto da inversão semântica da linguagem que é característica dos tempos que correm, a seita que dá pelo nome de Fórum Económico Mundial trabalha para levar à ruína as economias a nível global. E para salvar o planeta, dedica-se a destruir mundos. Tucker Carlson, na semana do evento anual desta organização de mentecaptos e aspirantes a déspotas, não perdeu a oportunidade para espetar muito bem espetadas, as suas certeiras farpas.

 

 

E o primeiro ferro é o que marca a memória curta dos senhores do WEF, principalmente no que diz respeito aos desastres decorrentes das suas recomendações e orientações estratégicas. No Sri Lanka, depois do governo ter seguido a interdição de fertilizantes agrícolas solicitada pela União Europeia e auditada por Davos, o país colapsou e o poder caiu na rua.

Sam Bankman Fried, protagonista daquela que será talvez a maior fraude económica na história, já foi um semi-deus nas páginas do website do WEF. E os confinamentos Covid também já foram, na cartilha de Davos, um poderoso instrumento de melhoria das cidades e das condições de vida das pessoas que lá vivem. Sim, porque fechar as pessoas em casa e paralisar a economia a nível global iria sempre contribuir para uma evolução material da existência. Toda a gente percebe que esta relação de causa e feito é evidente por si própria, como os axiomas do iluminismo.

Mas para além de vilões, os elitistas do World Economic forum destacam-se pela sua gritante idiotia. Os casos crónicos de imbecilidade começam por cima, com Klaus Schwab, que no seu caricato inglês de nazi reformado anuncia o seu intenso desejo de “dominar o futuro”, sem sabermos com que legitimidade e através de que mecanismos de poder, e a propósito das crises multi-dimensionais que inventa para assustar a sua triste audiência. E quem são estes brilhantes protagonistas WEF que vão dominar o futuro?

O ocotogenário John Kerry, czar climático da administração Biden que, apesar de todas as aparências, vive ainda e consegue até congratular-se por fazer parte de um

“selecto grupo de pessoas que se reúnem em Davos para salvar o planeta”.

Nas suas próprias palavras, o fenómeno será mesmo de categoria “extraterrestre”. Que depois não se queixe Kerry das teorias da conspiração e dos memes que as suas hilariantes e tresloucadas palavras possam gerar. O seu número de circo parece ter sido criado com a intenção exclusiva de excitar a imaginação daqueles que se dedicam à especulação e à sátira.

E a propósito de alienígenas: Al Gore. Aos 74 anos o Prémio Nobel do Powerpoint continua na sua melhor forma: agressivo, antipático, sobranceiro e temperamental, Gore devia ter cuidado com os nervos, não vá ter um ataque de coração na sua estância de esqui favorita. Gordinho e furioso, foi a Davos gritar pela causa dos refugiados climáticos. Todos os que existem num número aterrador que será próximo do zero.

E se esta reunião de grandes mentes começa a ficar muito parecida com um segmento deprimente do horário nobre da CNN, o eunuco Brian Stelter, que conseguiu até ser despedido da estação de Atlanta mas que não podia estar ausente do superlativo evento, só vem confirmar essa impressão. Stelter foi a Davos alertar para os problemas decorrentes da liberdade de expressão (“desinformação” em novilíngua), que é, nas brilhantes palavras deste retardado, um perigo “claro e presente”.

Neste contexto, a reunião de Davos parece interessada sobretudo em congregar as individualidades mais medíocres que se podme encontrar disponíveis nesta janela do calendário anual. Tucker chama-lhe um “encontro de idiotas” e não está de todo a exagerar nos adjectivos. Valerá até a pena recolher uma lista de convidados desta edição de 2023 para ficarmos a saber quem é que nunca poderá, de todo em todo, ascender a uma posição de poder sobre as nossas vidas, por mais insignificante que seja essa posição, por mais diminuto que seja esse poder.

Isto embora – e é importante reconhecê-lo – muitos dos participantes já ocupem cargos de governação. E alguns deles nem sequer podem ser acusados de esquerdite lunática. Tucker nomeia a congressista Maria Salazar, que tendo sido eleita pelos conservadores da Florida, parece estar muito mais interessada em representar os cidadãos de países da América Central que entraram ou pretendem entrar nos Estados Unidos de forma ilegal. Pálida como um membro da família Adams, Salazar tem a estranha ideia de que o seu tom de pele é o mesmo que o dos latinos que atravessam a fronteira do México todos os dias em quantidade industrial. Porque um tom de pele mais escuro é, na política americana e mesmo à direita do espectro ideológico, uma virtude por si só. Mesmo quando é difícil ser tão branco como Maria Salazar.