Desde 2016 que estamos a experimentar a era da nova verdade. Ou seja: um período em que a mentira é o primeiro instrumento da política. A partir de 2020 e 21, com a pandemia, o fenómeno atingiu novos patamares. Em 2022, a guerra na Ucrânia fez disparar para novos recordes, que até aí julgaríamos impossíveis, a fraude global em que vivemos mergulhados, já quase privados do oxigénio da realidade.

Antes de ir de férias, Tucker Carlson dedica o seu último monólogo deste ano precisamente ao chorrilho de mentiras que as elites globalistas e os seus servos da imprensa debitam a um ritmo exponencial, sem se preocuparem muito com a inteligência de quem os ouve, com a insanidade que promovem nas cabecinhas já de si tontas de quem acredita neles e muito menos com a total ausência de credibilidade das suas invectivas. A propaganda dos tempos que correm nem sequer é sofisticada. Prima pela quantidade e não pela qualidade. E, se calhar, isso até é o que enerva mais.

 

 

4 mentiras com custos devastadores.

Por óbvias questões de tempo e eficácia da mensagem, Tucker selecciona apenas 4 enormes patranhas de 2022, começando por aquela que será talvez a mais imbecil de todas: a de que teria sido Putin a mandar destruir o seu próprio gasoduto. A ideia é de tal forma disparatada e já foi de tal forma refutada que nem vale a pena aprofundar mais o assunto, até porque o ContraCultura desmontou a falácia em tempo real. Adiante.

A segunda grande mentira foi a de que os não vacinados eram os culpados pela gravidade e pela resiliência da Covid-19. Nada mais falso, como sabemos hoje. As vacinas não foram sequer pensadas para travar a transmissibilidade do virús, são de eficácia muito questionável e apresentam efeitos secundários que, muito provavelmente, irão apresentar números finais de óbitos superiores àqueles que a gripe chinesa provocou. Tucker fala até de números recentes que indicam que os vacinados têm quatro vezes mais probabilidades de serem hospitalizados ou de morrerem com Covid do que os não vacinados. A “pandemia dos não vacinados” nunca teve nada a ver com ciência. Foi só política. Má política. Política de genocídio, tudo indica. E de ruína material à escala global, considerando o impacto criado nas economias pelas políticas de vacinação e de exclusão dos não vacinados.

A terceira mentira, que provavelmente escapou ao radar daqueles que não são americanos ou que não têm investimentos em criptomoeda, é a de que Sam Bankman-Fried era um génio financeiro. “O próximo JP Morgan”. O mago da bitcoin só comparável aos grandes deuses da alta finança. Sabemos hoje que Bankman-Fried era apenas mais um trafulha da pior espécie, que montou um esquema fraudulento com a moeda digital muito parecido com o que Bernie Madoff construiu até 2007. O resultado da actividade deste impostor e da constante propaganda mediática que acompanhou a sua fraude foi o colapso, de uma dia para o outro, de uma parte substancial dos capitais existentes em criptomoeda.

A última mentira destacada por Tucker nesta sua muito sucinta lista, dada a quantidade brutal de aldrabices disponíveis, foi a de que a inflacção seria transitória. Os mais proeminentes “peritos” da administração Biden prometeram aos americanos e ao mundo, durante os primeiros meses deste ano, que o súbito e insano levantamento de preços se devia a um processo de adaptação da economia a novas realidades pós-pandémicas. Passaram-se os meses e esse carácter transitório da inflacção foi percebido como permanente. Nessa altura, os mesmos peritos, com a cara de pau que é própria da peritagem do século XXI, atribuíram o fenómeno a Putin e à invasão da Ucrânia. Mas como essa desculpa não pareceu satisfatória, e porque no entretanto as disparatadas políticas de combate à subida de preços da administração Biden não surtiram quaisquer efeitos (porque não foram na verdade desenhadas para combater a inflacção mas para cumprirem outros tópicos da agenda democrata), foi necessário inventar mais ilusõe e em meados do ano a imprensa americana chegou até a propor que a inflacção era algo de positivo para a economia e para a sociedade, porque equalizava os rendimentos dos cidadãos (no sentido em que ficamos todos mais pobres). Tudo isto para evitar uma óbvia constatação: a de que a inflacção se deve fundamentalmente às irresponsáveis políticas de emissão de moeda da reserva federal americana (e também do Banco Central Europeu).

É claro que, tanto Tucker Carlson como o redactor deste texto poderiam enumerar muitas mais patranhas. Grandes, saborosas, translúcidas patranhas. Mas acrescentamos no contexto deste monólogo do pundit norte-americano só mais uma, que ele próprio diagnosticou na semana passada.

 

Só vão descansar quando levarem toda a gente à miséria.

Como é que as taxas de juro começaram a subir nos mercados do Ocidente? Graças a uma mentira. Porque não há nada, mas nada que aconteça deste lado do mundo que não tenha por origem uma fraude qualquer. É impressionante.

 

 

A mais que grosseira falsificação dos números do emprego nos Estados Unidos serviu às mafias da Reserva Federal Americana e do Banco Central Europeu e da City Londrina para fingir que a economia estava de saúde, mesmo perante as mais gritantes evidências, e fazerem aquilo que gostam mais: empobrecer toda a gente das elites para baixo, exclusive.

E assim sendo temos agora uma conjuntura económica recessiva com subida das taxas de juro e crise inflaccionária. A definição de tempestade perfeita.